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07/07/2001 - 04h08

Mãos inspiram Objetiva e autores na série "Cinco Dedos de Prosa",

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MARCELO RUBENS PAIVA
da Folha de S.Paulo

Era uma vez um mercado editorial brasileiro meio amorfo, vítima da inércia cultural de seu tempo, quando uma nova editora viu a luz. A Objetiva bolou uma coleção temática, que abordaria os sete pecados capitais, e convidou autores de diferentes escolas. Fez-se a coleção "Plenos Pecados", papito, e os envolvidos, autor, editor e leitor, voltaram a sorrir.

Dois anos se passaram, e a mesma editora anuncia a coleção "Cinco Dedos de Prosa", em que autores discorrerão ou serão inspirados pelos dedos das mãos.

Eles serão publicados nesta ordem, a partir de agosto: Carlos Heitor Cony (indicador), Fernanda Young (médio), Mário Prata (mindinho), o estreante no gênero Manoel Carlos (anular) e Luis Fernando Verissimo (polegar).

"A idéia nasceu aqui dentro. Com o sucesso de "Plenos Pecados", amigos, escritores e jornalistas perguntavam qual seria a próxima coleção. Queríamos fugir da proposta conceitual, fechada", diz Isa Pessôa, diretora editorial da Objetiva.

"Plenos Pecados", apesar do sucesso (Verissimo, com "Clube dos Anjos", e João Ubaldo, com "A Casa dos Budas Ditosos", ultrapassaram a marca dos 100 mil livros), ainda deve o sétimo romance. Problemas pessoais adiaram o lançamento para dezembro do livro sobre a soberba do escritor argentino Tomás Eloy Martínez ("Santa Evita").

"A mão tem um lado curioso, prosaico. Pode levar a livros bem-humorados. Busca o inusitado, a graça. Montamos o time na hora. A primeira escolha foi Fernanda, que recebeu um adiantamento. Eu queria uma mulher com charme, contemporânea", diz Isa.

O segundo a ser escolhido foi Mário Prata, por ter o humor como uma marca. Verissimo foi o terceiro a ser convidado. Ele achou a idéia curiosa e escolheu o polegar. Em seguida, foi convidado o autor de novelas Manoel Carlos.

"Era o auge da novela "Laços de Família" (TV Globo), e o encontramos num lançamento. Esse dedo, o anular, caiu como uma luva, pois ele tem um talento extraordinário para criar personagens em laços matrimoniais", diz Isa.

O último a ser escolhido foi Cony, que foi o primeiro a entregar os originais. "É uma idéia atraente do ponto de vista editorial, pois provoca idéias aos autores. É o que gratifica um editor. E tem o apelo comercial, um livro puxa o outro", afirma Isa, que diz que a editora continuará lançando coleções temáticas.

"O mercado brasileiro tem muito o que aprender e desenvolver. Há uma carência de idéias e estímulos. Damos prazos elásticos. Eles sempre pedem um ano de prazo", completa.
 

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