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29/06/2000 - 03h05

Culto aos seios vai reinar nas praias do verão 2001

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ERIKA PALOMINO
colunista da Folha de S.Paulo

ALBERTO SANTIAGO
free-lance para a Folha

A moda praia "made in Brazil" é uma das vedetes desta nona edição do Morumbi Fashion Brasil, que começou ontem em São Paulo. O evento segue até 4 de julho com 26 desfiles e pela primeira vez tem um dia inteiro (a segunda-feira) dedicado a biquínis, maiôs e sungas, com quatro marcas participantes. E o que vai ser moda nas areias do verão 2001?

"Decotes e cavas serão mais generosos do que nunca", diz o estilista Amir Slama, da Rosa Chá, que produziu cerca de 360 mil peças no último verão. "Fiz quase o topless", festeja o confeccionista, que já é um dos favoritos de produtoras e editoras internacionais, em revistas como "Allure" e "Vogue" América. Segundo Slama, tudo o que servir para evidenciar os seios vai fazer sucesso, como bojos, decotes e armações.

Consequências do efeito Gisele Bündchen ou um reflexo dos implantes de silicone que viraram mania entre muitas celebridades brasileiras? "Comparo minhas modelagens atuais às antigas, que sempre disfarçavam os seios, e fico espantado. Antes peito grande era motivo de vergonha. Agora é mania até entre adolescentes", pondera Slama.

A valorização do busto se aproxima da preferência americana _e não da brasileira, pelos quadris. "As americanas têm na praia uma postura totalmente diferente da brasileira", afirma David Azulay, estilista da Blue Man. "Mas elas já entenderam que nossas mulheres são mais gostosas mesmo e começaram a se espelhar nelas. As brasileiras exigem mais da marca, querem se mostrar direito na areia."

Grife mais vendida do país (700 mil peças por ano) a Cia. Marítima aposta na sensualidade da mulher brasileira e, em seu desfile, também nas curvas de um supercasting liderado por Gisele Bündchen (com um cachê perto de R$ 50 mil, contra os R$ 30 mil que costuma cobra por desfile, por aparecer de maiô).

"O que sempre teremos de mais forte é a sensualidade da mulher daqui", diz o diretor da marca, Benny Rosset, que conta também no desfile com todas as tops brasileiras de carreira internacional, incluindo a gaúcha Shirley Mallman. "Shirley dá um toque sutil de brasilidade, e Gisele é indispensável, não apenas por ser a atual número um, mas por ter um corpo perfeito para vestir moda praia", conta o empresário, sobre a superprodução de R¹ 300 mil.

A inspiração da coleção são estampas inspiradas no psicodelismo do final dos anos 60 e início dos 70, em estampas com bolas e margaridas. A floresta amazônica surge nos grafismos.

O Brasil de fato é tendência. "Vamos mostrar o que temos de mais simples, artesanal e brasileiro. Reeditei a nossa tanga jeans, lançada há 25 anos, e criei a estampa canoa quebrada, que homenageia os desenhos feitos com areia colorida dentro de garrafas", diz David Azulay.

Amir Slama, da Rosa Chá, traz Carmen Miranda à passarela com estampas de frutas e flores, além do próprio rosto da cantora. "Conseguimos autorização para usar a imagem dela", diz o estilista, fã da "Pequena Notável". Os hits do desfile deverão ser as peças listradas e as toalhas da Artex com os padrões da coleção.

Já a Rygy, criada pela carioca Zilda Aragão, prefere olhar para os anos 80 e tem como trunfo a presença de Reynaldo Gianechinni, de "Laços de Família". Os materiais também importam, claro, como o ultra-aderente Air Millenium e a Lycra 70% (mais grossa e pesada). Os crochês, outro hype dos 80, voltam com tudo.

Os novos preços da moda praia de verão não acompanham as tendências _diminuindo. Um biquíni consome, em média, 45 centímetros de tecido. Sem levar em conta mão-de-obra, material ou tecnologias adotadas, dá para dizer que, em média, o biquíni mais barato vai custar R# 30 (Rygy), e o mais caro, R$ 130 (Rosa Chá) _neste último caso, R$ 3 o centímetro de biquíni.

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