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24/07/2001 - 16h40

Exposição comemora 240 anos do lápis na Alemanha

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da France Presse, em Nuremberg (alemanha)

O fabricante alemão de lápis Faber-Castell, líder mundial do setor com uma produção de 1,8 bilhão de unidades anuais (dos quais 1,5 no Brasil), comemora 240 anos de existência com uma exposição chamada "O lápis, ferramenta dos criativos".

A mostra está no castelo de Stein, perto de Nuremberg (sul da Alemanha), onde a empresa tem sua sede, e fica exposta de 30 de junho até 28 de outubro deste ano.

"Um bom lápis tem que ter uma ponta que não se quebre, que escreva suavemente, que se possa apontar facilmente, e se tiver borracha que esta não suje o papel", resume Anton Wolfgang Graf von Faber-Castell, diretor da empresa que já está há oito gerações em mãos da mesma família.

Embora o uso do grafite para escrita já fosse conhecido na Inglaterra desde 1500, um dos precursores do lápis moderno foi o desenhista e oficial militar francês Nicholas Jacques Conté, que em 1795 inventou em Paris um método para produzir barrinhas de grafite, cuja intensidade de cor e dutilidade no traço podia ser regulada variando as mesclas com argila.

Gregos e romanos já utilizaram ferramentas que se assemelhavam ao lápis de hoje. Os helenos chamaram de "paragraphos" e os romanos "praeductal" pequenas barrinhas redondas de chumbo para traçar linhas, que teriam sido utilizadas também para fazer anotações e desenhar.

Os antecessores diretos do moderno lápis surgiram no século XII, com o chamado "lápis de prata", na realidade feito com uma mescla de estanho e chumbo e que usaram artistas como Leonardo da Vinci, Albert Durer e Jan van Eyck.

A história do lápis moderno começou nos meados do século XVI com a descoberta em Cumberland (Inglaterra) de jazidas de grafite e a invenção das pequenas cobertas de madeira que bem rudimentariamente seguravam as barrinhas cortadas desse minério.

Naquela época os artesãos de Nuremberg começaram a purificar o grafite que se produzia nas regiões mineiras da Baviera.

Os carpinteiros dessa cidade foram os primeiros artesãos que em torno de 1660 estavam em condições técnicas de produzir os engastes de madeira para os grafites que recebiam dos cortadores de alvaiade (carbonato básico do chumbo).

A partir de 1700 os fabricantes de lápis se livraram do monopólio dos carpinteiros nesse setor artesanal, surgindo assim nomes de famílias como os Staedtler e os Faber, cujas marcas de instrumentos de escrita e desenho chegaram até nossos dias.

A modesta oficina familiar de Kaspar Faber, fundador da dinastia, começou a produzir lápis em 1761 em frente às portas da cidade de Nuremberg. A industrialização chegaria menos de um século mais tarde.

Hoje a empresa tem no Brasil a maior fábrica de lápis do mundo, onde produz 1,5 bilhão dos 1,8 bilhão dos lápis anuais que saem de suas 15 fábricas no mundo e que empregam 2.800 das 5.500 pessoas do seu pessoal global.
 

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