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01/07/2000 - 14h11

Walter Matthau se notabilizou pela atuação em comédias

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das agências internacionais

O ator norte-americano Walter Matthau, que morreu na madrugada deste sábado (1), em Santa Monica (Califórnia), de ataque cardíaco, se notabilizou no cinema pela atuação em comédias.

Filho de imigrantes judeus russos, nascido Walter Matauschanskayasky, em Nova York, iniciou a carreira após uma participação secundária na Segunda Guerra Mundial. Começou atuando em teatro e em shows de TV e estreou em cinema na década de 50. Participou de mais de 45 filmes.

Interpretando inicialmente papéis de vilão (como em "Balada Sangrenta", protagonizado em 58 por Elvis Presley), acabou chegando à fama pela veia cômica após estabelecer uma duradoura parceria com Jack Lemmon, que se prolongaria até os anos 90.

A dupla se fortaleceu a partir de "Um Estranho Casal" (68), em que Matthau e Lemmon interpretavam dois homens separados dividindo um apartamento. "Um Estranho Casal" era baseado numa peça teatral que encenou na Broadway dois anos antes, escrita especialmente para ele por Neil Simon.

A série de sucessos da parceria daí em diante lhes valeu, nos EUA, a alcunha de "casal ímpar". Matthau recebeu um Oscar de melhor ator coadjuvante pela comédia "Uma Loira por Um Milhão" (66), de Billy Wilder. Foi indicado duas vezes para melhor ator, por "Kotch" (71, dirigido por Lemmon) e "Uma Dupla Desajustada" (75).

Costumava dizer que, com o rosto que tinha, estava destinado aos papéis de cômico ou de vilão. "Eu não me pareço com um ator. Poderia ser qualquer um, muitas pessoas me olham na rua e dizem: 'Quem é esse cara? Será que servi o Exército com ele?' ", afirmou numa entrevista.

Entre os filmes de maior êxito em que participou está ainda "A Primeira Página" (74), no qual Billy Wilder traça um retrato ácido do jornalismo norte-americano dos anos 20 (Matthau interpreta um editor).

Atuou em comédias como "Uma Dupla Desajustada" (76), "California Suite" (78), "O Espião Trapalhão" (80), "Amigos, Amigos... Negócios à Parte" (81), de Billy Wilder, "Piratas" (86), de Roman Polanski, "O Pequeno Diabo" (89), de Roberto Benigni, e "Dois Velhos Rabugentos" (93).

Fora do gênero comédia, participou de produções como o filme-catástrofe "Terremoto" (74) e o drama político "JFK, A Pergunta Que Não Quer Calar" (91), de Oliver Stone.

Entre seus últimos trabalhos estão o drama "Ensina-Me a Viver" (96), dirigido por seu filho, Charles Matthau, e as comédias "Dois Parceiros em Apuros" (97) e "Meu Melhor Inimigo" (uma continuação de "Um Estranho Casal", de 98), também co-estreladas por Jack Lemmon.

No ano passado, participou de "Linhas Cruzadas", dirigido pela também atriz Diane Keaton, e esteve internado por duas semanas em maio, por causa de uma pneumonia. Já havia sofrido um ataque cardíaco em 65. Em 75 implantara quatro pontes de safena.

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