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21/08/2001
-
13h12
da Deutsche Welle
O maestro argentino Daniel Barenboim declarou hoje em Berlim que uma lei proibindo a execução de obras de Richard Wagner (1813-1883) em Israel é preferível ao atual tabu.
"Se há políticos contrários à apresentação da música wagneriana, que façam uma lei. Mas a coisa não pode ser seletiva - em Israel ouve-se Wagner no rádio e na televisão e se pode comprar CDs com sua música. Os celulares tocam o tema de 'A Valquíria', mas a Filarmônica não pode interpretá-la. Não faz sentido", disse o maestro.
"Contra uma lei pode-se lutar com meios legais, um tabu não dá para combater, isso não é justo", acrescentou.
O músico de origem judaica causou furor no início de julho ao apresentar a "Morte de amor de "Tristão e Isolda" como bis, durante concerto em Jerusalém, à frente da Staatskapelle Berlin, da qual é maestro titular.
Cerca de 50 dos 3.000 espectadores abandonaram o salão, alguns chamando-o de "fascista". Após a partida de Barenboim, sua iniciativa provocou protestos políticos, em parte violentos, e até foi cogitado declará-lo "persona non grata" da cultura.
Há 50 anos Barenboim tem-se apresentado ao lado da Orquestra Filarmônica de Israel, que reagiu contra a intenção de excluí-lo da vida musical israelense.
Neste meio tempo, o maestro recebeu centenas de cartas, inclusive de sobreviventes do Holocausto. Segundo ele, alguns são contra o concerto em Jerusalém, mas muitos outros o encorajaram a continuar na mesma linha.
Para Barenboim, o fato de Adolf Hitler ter sido admirador de Wagner não serve como definição para a música do compositor alemão.
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Lei deve proibir músicas de Wagner em Israel, diz maestro
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O maestro argentino Daniel Barenboim declarou hoje em Berlim que uma lei proibindo a execução de obras de Richard Wagner (1813-1883) em Israel é preferível ao atual tabu.
"Se há políticos contrários à apresentação da música wagneriana, que façam uma lei. Mas a coisa não pode ser seletiva - em Israel ouve-se Wagner no rádio e na televisão e se pode comprar CDs com sua música. Os celulares tocam o tema de 'A Valquíria', mas a Filarmônica não pode interpretá-la. Não faz sentido", disse o maestro.
"Contra uma lei pode-se lutar com meios legais, um tabu não dá para combater, isso não é justo", acrescentou.
O músico de origem judaica causou furor no início de julho ao apresentar a "Morte de amor de "Tristão e Isolda" como bis, durante concerto em Jerusalém, à frente da Staatskapelle Berlin, da qual é maestro titular.
Cerca de 50 dos 3.000 espectadores abandonaram o salão, alguns chamando-o de "fascista". Após a partida de Barenboim, sua iniciativa provocou protestos políticos, em parte violentos, e até foi cogitado declará-lo "persona non grata" da cultura.
Há 50 anos Barenboim tem-se apresentado ao lado da Orquestra Filarmônica de Israel, que reagiu contra a intenção de excluí-lo da vida musical israelense.
Neste meio tempo, o maestro recebeu centenas de cartas, inclusive de sobreviventes do Holocausto. Segundo ele, alguns são contra o concerto em Jerusalém, mas muitos outros o encorajaram a continuar na mesma linha.
Para Barenboim, o fato de Adolf Hitler ter sido admirador de Wagner não serve como definição para a música do compositor alemão.
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