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22/08/2001 - 15h35

U2 encerra turnê inglesa com show intimista e sem explosões

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LÚCIO RIBEIRO
colunista da Folha Online, em Londres

Os ingleses assistem hoje pela quarta vez o tão-falado show que o Brasil provavelmente não vai ver mais. A banda irlandesa U2 encerra nesta quarta em Londres a parte inglesa da Elevation World Tour, cuja turnê "mundial", ao que parece, e diferentemente de seu significado, não deve incluir a América Latina por "problemas logísticos".

Com apresentações esgotadas no imenso Earls Court Exhibition Centre (um Pacaembu com cobertura) na última sexta, sábado, ontem e hoje, a banda de Bono celebra a atual fase de busca do tempo perdido.

Dos palcos estratosféricos com limões gigantes e telões da mais avançada tecnologia, o U2 agora tenta resgatar a intimidade dos shows de 20 anos atrás, quando era apenas uma banda de... rock. Nem que essa intimidade signifique um show para "apenas" 30 mil pessoas.

Sem explosões de luzes, palco nababesco e artefatos próprios para a "maior banda do mundo", o rock saiu ganhando. Afinal, o U2 é, por baixo de tudo, um grande grupo de rock.

Um palco cru onde os personagens são um vocalista carismático, um guitarrista excepcional, um baixista e um baterista de primeira linhagem é o "espetáculo visual" a que se assiste no início do show, quando a banda se instala já com a introdução de "Elevation", hit do último disco, ao fundo.

O U2 já mostra que abandonou o "conceito de show" para privilegiar a emoção. E sem confeitos tecnológicos toca a primeira música com as luzes acesas todo o tempo. É o tal reencontro íntimo da banda com seu público.

E sem a parafernália, o que se vê é um sempre messiânico Bono inspiradíssimo em seu discurso para salvar o mundo. E, melhor, o que se vê é o guitarrista The Edge se agigantar no palco, agora que não é mais preciso dividi-lo com um limão gigante.

E assim fica fácil para o U2 desfilar incólume os hinos de todas as suas fases: a irlandesa, com "New Year's Day" e "Bad"; a americana , com "Where the Streets Have No Name", a eletrônica, com "Mysterious Ways" e a atual, com "In a Little While" e "Walk on", entre outras.

Indo e vindo na busca de adequar seu rock a cada dia mais veterano ao que o momento exige, o U2 segue acertando. É uma das pouquíssimas bandas com mais de dez anos de carreira que merece estar viva.

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