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31/08/2001 - 04h49

Novo CD do Crystal Method é eletrônico rocker

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da Folha de S. Paulo

O duo norte-americano The Crystal Method não está nem um pouco preocupado com a "síndrome do segundo disco".

Isso porque, para eles, "Tweekend", que chega às lojas do Brasil no próximo dia 15, com atraso de dois meses em relação ao resto do mundo, só pode ser "bem melhor" do que o disco de estréia, "Vegas", lançado em 98.

"Estamos melhores e mais malvados", disse Ken Jordan, uma das metades do Crystal Method, em entrevista exclusiva à Folha.

Frequentemente chamado de "Chemical Brothers dos EUA", o Crystal Method tem feito de tudo para divulgar seu nome por aí: de aparições em trilhas de filmes ("Spawn", "South Park") e de videogames a apresentações em desfiles de alta-costura, eles não perdem uma chance de aparecer.

"Tweekend", que começou a ser produzido logo depois da passagem avassaladora da dupla pelo Brasil, no Free Jazz Festival de 99, mostra que o Crystal Method de 2001 é bem outro.

"Tweekend" é mais hip hop e menos eletrônico manjado; é mais roqueiro, mas não menos dançante.

"Gastamos quase dois anos neste disco e só "saímos de cima" quando ele estava completamente do jeito que a gente queria", conta Jordan, pouco antes de elogiar o público e a ótima marguerita (?) que encontrou no Brasil.

Leia, a seguir, trechos da entrevista em que o músico descobriu o verdadeiro nome da bebida que virou sua cabeça nos shows de São Paulo e do Rio.

Folha - Vocês tocaram músicas de "Tweekend" quando estiveram no Brasil, em 99. Por que o disco demorou tanto para ficar pronto?
Ken Jordan -
Falando em Brasil, acho que nunca uma pessoa bebeu tantas margueritas no seu país quanto eu.

Folha - Legal, mas não seria caipirinha?
Jordan -
Pode ser, era uma bebida de limão, sei lá. Sei que foi tudo fantástico. Como está São Paulo? Lembro-me bem do público, que foi sensacional tanto lá quanto no Rio. O povo pulou intensamente durante os shows, foi espetacular. Tocamos, sim, duas músicas de "Tweekend" ["Wild, Sweet and Cool" e "Ten Miles Back"", mas mal tínhamos começado a trabalhar no disco naquela época. Foi depois dos shows no Brasil que começamos mesmo a trabalhar em "Tweekend".

Folha - Depois de todo o barulho que vocês fizeram com o primeiro disco, houve muita pressão para fazer o segundo?
Jordan -
Da nossa parte foi tranquilo, porque queríamos fazer um disco que fosse totalmente a nossa cara. Estamos melhores e mais malvados [risos].

Folha -... E mais funk também.
Jordan -
Acho que sim. E mais rock e hip hop também. Misturamos tudo quanto é coisa que nos influenciou na vida, e o resultado é "Tweekend".

Folha - Que tipo de influência pode ser encontrada no disco?
Jordan -
De Led Zeppelin bem antigo a Sly & The Family Stone, passando por Stevie Wonder. Mas é claro que também estão ali referências a bandas que ouvimos bastante no passado, como o AC/ DC, por exemplo. Acho que "Tweekend", apesar de estar nas prateleiras de música eletrônica, é um disco bem rock'n'roll.

Folha - O CD, aliás, tem participações de dois ícones do rock dos anos 90, Scott Weiland [vocalista do Stone Temple Pilots" e Tom Morello [guitarrista do extinto Rage Against the Machine]... Como eles entraram no disco?
Jordan -
Isso foi bem por acaso. Eles vieram nos procurar. E, como somos fãs dos caras, aceitamos na hora.

Folha - Vocês ainda são muito comparados aos Chemical Brothers?
Jordan -
Agora um pouco menos, mas no começo era direto. Não que isso nos tenha incomodado, porque gostamos de Chemical Brothers. Mas acho que hoje nosso nome também é forte.


 

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