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12/09/2001 - 08h48

Shows em SP reúnem rapper Xis e grupo francês Assassin

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CLAUDIA ASSEF
da Folha de S.Paulo

Hoje à noite você terá a chance de descobrir por que tanto se fala em rap francês por aí: o grupo Assassin, pioneiro do hip hop na terra de Baudelaire, se apresenta, às 22h, no palco do Sesc Pompéia, ao lado do rapper paulistano Xis.

Se não der para ir hoje, não tem problema. Assassin e Xis voltam a se apresentar juntos no domingo, no Sesc Itaquera.

Em dez anos de carreira, o Assassin ajudou a desenhar o cenário hip hop francês e a consolidar o país como o segundo maior mercado produtor e consumidor de rap do mundo -só perdendo para os EUA, o país que detém o título de criador do ritmo. Ao lado de Mc Solaar, Iam, NTM e Busta Flex, o Assassin compõe o primeiro time do rap francês.

Antigangsta

Na França, onde o comércio de armas é proibido por lei, o rap não debandou para o gangsta, subgênero do rap norte-americano que celebra tiros, drogas e machismo. Em vez disso, o hip hop local foca seu discurso no racismo e na desigualdade social.

O discurso do Assassin casa bem com a causa de muitos grupos de rap brasileiros. "Não importa quem somos ou com quem andamos. Nossa meta é dar voz àqueles que não têm espaço", disse à Folha Rockin" Squat, o líder do grupo.

Em entrevista por telefone horas antes de embarcar para o Brasil, Squat disse que se sente honrado em tocar no país pela primeira vez, principalmente num evento que leva o sugestivo nome de "As Linguagens da Violência".

"Sabemos de toda a situação violenta que acomete o seu país. Também sofremos com isso na França. Meu desejo é que o rap consiga ajudar a mudar esse panorama", diz Squat, fã de brasileiros como o grupo Rappa, o rapper Xis, com quem se apresenta hoje e domingo, e João Gilberto.

Squat evita até mesmo dizer que idade tem, para não desviar a atenção do público do assunto que realmente interessa. "A galera não precisa saber de que cor somos, que idade temos e se dirigimos carrões. O rap, cantando em francês ou em português, te abre uma oportunidade, que é a de se fazer ouvir por multidões", diz, num discurso que costuma repetir nas entrevistas que concede.

"Quando estamos no palco, cantando, estamos sendo vistos e ouvidos pela galera. A mesma coisa acontece com nossos discos. Nesses momentos, temos a chance de transmitir nossos pensamentos, e é isso que importa. Se vestimos tal roupa ou saímos com tal mulher, isso é bobagem", diz.

Com quatro discos lançados, além de dois CDs de trilha sonora, o Assassin planeja agora gravar um disco ao vivo, que deve sair no começo do ano que vem.

O quê: Assassin e Xis
Quando: hoje, às 22h
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, Lapa, tel. 3871-7700)
Quanto: R$ 5 a R$ 10

Quando: domingo, às 11h30
Onde: Sesc Itaquera (av. Fernando do Espírito Santo A. Mattos, 1.000, tel. 6521-7272)
Quanto: R$ 5 a R$ 10
 

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