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17/09/2001
-
14h34
LÚCIO RIBEIRO
da Folha de S.Paulo
Naquele 23 de agosto de 1991, todos os caminhos pop levavam à cidadezinha de Reading, leste de Londres, onde centenas de bandas de rock disputam anualmente a atenção de público, imprensa e gravadoras naquele que é considerado o principal festival de música pop do mundo.
O primeiro dia teve atrações como Iggy Pop, Sonic Youth e Pop Will It Itself, mas o aviso foi dado: "Chegue cedo para ver esse Nirvana".
Para mim, não precisou falar duas vezes. Morava no Reino Unido na época e já ouvia sem parar o primeiro disco do grupo, "Bleach" (1989), graças a uma fita cassete de um amigo.
Junte-se a isso a curiosidade sobre "Nevermind", que chegaria às lojas em um mês, e pronto: lá estava eu cedinho para ver o Nirvana.
Da hora em que Cobain ligou seu instrumento até o pulo descabido de guitarra e tudo sobre a bateria, no final, deu cravados 32 minutos.
Durante esse tempo, quatro "músicas novas": "Drain You", "Smells Like Teen Spirit" (o que foi aquilo?), "Come As You Are" e "Breed".
Em meio a isso, Grohl tirando de gozação, na bateria, o começo de "Sunday Bloody Sunday" (hino do U2); Cobain "surfando" na platéia em pleno solo de guitarra; cantando "The End", dos Doors, com voz fúnebre, para anunciar a chegada da última música do show; Novoselic arremessando de longe seu baixo em Grohl.
O show acabou. A estática platéia viu Cobain, já sozinho no palco, levantar em meio ao que sobrou da bateria. Como se nada tivesse acontecido na última meia-hora, ele se abaixou para pegar uma garrafa de cerveja do chão e saiu andando.
Por mais imprevisível que fosse o estouro da banda, era difícil não acreditar que o rock depois daqueles 32 minutos seria diferente.
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Jornalista "descobridor" de Seattle reavalia álbum dez anos depois Sucesso desorientou o Nirvana "Smells Like Teen Spirit" virou hino para a rebeldia juvenil brasileira Álbum "Nevermind", do Nirvana, completa dez anos
Cidade perto de Londres testemunhou sucesso do Nirvana
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da Folha de S.Paulo
Naquele 23 de agosto de 1991, todos os caminhos pop levavam à cidadezinha de Reading, leste de Londres, onde centenas de bandas de rock disputam anualmente a atenção de público, imprensa e gravadoras naquele que é considerado o principal festival de música pop do mundo.
O primeiro dia teve atrações como Iggy Pop, Sonic Youth e Pop Will It Itself, mas o aviso foi dado: "Chegue cedo para ver esse Nirvana".
Para mim, não precisou falar duas vezes. Morava no Reino Unido na época e já ouvia sem parar o primeiro disco do grupo, "Bleach" (1989), graças a uma fita cassete de um amigo.
Junte-se a isso a curiosidade sobre "Nevermind", que chegaria às lojas em um mês, e pronto: lá estava eu cedinho para ver o Nirvana.
Da hora em que Cobain ligou seu instrumento até o pulo descabido de guitarra e tudo sobre a bateria, no final, deu cravados 32 minutos.
Durante esse tempo, quatro "músicas novas": "Drain You", "Smells Like Teen Spirit" (o que foi aquilo?), "Come As You Are" e "Breed".
Em meio a isso, Grohl tirando de gozação, na bateria, o começo de "Sunday Bloody Sunday" (hino do U2); Cobain "surfando" na platéia em pleno solo de guitarra; cantando "The End", dos Doors, com voz fúnebre, para anunciar a chegada da última música do show; Novoselic arremessando de longe seu baixo em Grohl.
O show acabou. A estática platéia viu Cobain, já sozinho no palco, levantar em meio ao que sobrou da bateria. Como se nada tivesse acontecido na última meia-hora, ele se abaixou para pegar uma garrafa de cerveja do chão e saiu andando.
Por mais imprevisível que fosse o estouro da banda, era difícil não acreditar que o rock depois daqueles 32 minutos seria diferente.
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