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18/09/2001 - 10h26

DJ inglês filtra tradição latino-americana

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SYLVIA COLOMBO
da Folha de S.Paulo

Vem aí mais um Free Jazz. E mais uma vez, ao lado das atrações pop e dos shows de jazz, teremos aquele grupo de artistas que não se encaixam fácil num rótulo. São nomes pouco conhecidos, cuja origem do som tem fontes variadas. As explicações sobre eles geralmente esbarram nos clichês: "fusão de gêneros", "caldeirão de influências" e por aí vai.

Pois bem, é nessa categoria de atração que o conjunto colombiano Sidestepper se inclui. Antes de mais nada, por não se tratar de uma banda convencional. O Sidestepper é um projeto idealizado pelo produtor inglês Richard Blair que, a cada disco ou turnê, convida diferentes músicos para compor uma nova formação.

Blair trará o Sidestepper ao Free Jazz para mostrar "More Grip", o terceiro e mais recente disco da "banda", que está sendo lançado no Brasil pela Trama.

O álbum faz releituras da salsa e da "cumbia" (gênero tradicional colombiano), adaptando-as à estrutura da música eletrônica e também à dance music.

O que se verá no palco, contou Blair à Folha, é um show em que a música latina dá o tom, mas, em vez de mulheres de plumas, saltos e roupas coloridas, a cena será composta por DJs, vocalistas, baixo, bateria e teclados.

"Me dei conta de que a salsa de hoje não é como a de ontem, o seu suingue está perdido. Eu quis resgatá-la, trazê-la para a moda. Por isso aproximei-a da dance music e da música eletrônica", disse Blair, rapidamente trocando o inglês de acento londrino por um espanhol correto e fluente.

Blair viajou à Colômbia no começo dos anos 90 para uma estada de alguns meses. Acabou encantado com a cena pop de Bogotá -que hoje sedia, entre vários bons artistas, os Aterciopelados e o cantor Juanes- e resolveu ficar por três anos.

Nesse período, produziu artistas e fundou o Sidestepper. Hoje, divide seu tempo entre a América Latina e seu estúdio em Londres. "Em "More Grip", mexemos com a estrutura da salsa. Fica evidente para um "salsero" tradicional que tiramos a metade da salsa tradicional. Mas nos prendemos a uma parte dela, a de acordes mais repetitivos, em que é possível aproximá-la da música moderna."
 

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