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27/09/2001
-
04h28
ANGELO SASTRE
da Folha de S.Paulo
Os homens e as mulheres vêem os livros com um "olhar" diferente. De acordo com uma pesquisa encomendada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro), os interesses na literatura podem mudar de acordo com o sexo da pessoa.
O estudo, que ouviu 5.503 pessoas em 47 cidades brasileiras, demonstra que para os homens a motivação de compra de um livro é a ascensão profissional. Para as mulheres, o principal objetivo é a "paz interior proporcionada pelo prazer da leitura".
Para o coordenador da pesquisa, Celestino Lourenço do Valle, os hábitos de leitura sofreram algumas alterações apenas na cidade de São Paulo.
Na capital paulista, por exemplo, a maioria dos homens lêem livros de teor técnico, enquanto nas demais capitais os títulos mais lidos estão relacionados à literatura adulta.
"Esse perfil é até compreensivo, já que a cidade possui um mercado de trabalho agressivo e a atualização profissional é uma das formas encontradas para garantir a manutenção do emprego", diz.
Entre as capitais brasileiras, a cidade de Brasília (DF) possui o maior índice de leitura. De acordo com a pesquisa, 69% dos leitores consultados, com mais de 14 anos, tinham lido pelo menos um livro nos últimos três meses.
O índice foi de 47% em Salvador, 45% em Manaus, 43% no Rio de Janeiro, 39% em Porto Alegre e de 36% em São Paulo.
Apesar disso, a maioria das pessoas vê o preço dos livros como um obstáculo para a leitura.
"O poder aquisitivo da população ainda é um problema para o consumo dos
livros. Por isso, os entrevistados apontam as bibliotecas como forma de acesso à leitura", afirma Valle.
A pesquisa também traçou o perfil do leitor brasileiro de acordo com o gênero literário.
Os títulos de generalidades, ciências sociais e ciências aplicadas são os preferidos pelos homens, que também são atraídos por títulos de ficção na literatura.
Para o técnico em tecnologia Diogo Schwartzmann, 22, de Ribeirão, que costuma comprar publicações sobre informática, os livros são vistos como fonte de consulta e de atualização profissional.
"Eu trabalho com sistemas operacionais [de computadores] e preciso estar constantemente atualizado. Além disso, o livro é uma boa fonte de consulta para solucionar dúvidas", afirma Schwartzmann.
Já as mulheres costumam adquirir livros relacionados à filosofia, psicologia, religião e literatura adulta (poesia e romance).
Para Cacilda Emília Lopes Chacon, 66, também de Ribeirão, a leitura é uma forma de unir o lazer e o conhecimento. "Os livros ajudam a abrir a nossa mente. Por isso, costumo ler com muita frequência", diz Cacilda.
Mulheres e homens vêem os livros com um "olhar" diferente
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da Folha de S.Paulo
Os homens e as mulheres vêem os livros com um "olhar" diferente. De acordo com uma pesquisa encomendada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro), os interesses na literatura podem mudar de acordo com o sexo da pessoa.
O estudo, que ouviu 5.503 pessoas em 47 cidades brasileiras, demonstra que para os homens a motivação de compra de um livro é a ascensão profissional. Para as mulheres, o principal objetivo é a "paz interior proporcionada pelo prazer da leitura".
Para o coordenador da pesquisa, Celestino Lourenço do Valle, os hábitos de leitura sofreram algumas alterações apenas na cidade de São Paulo.
Na capital paulista, por exemplo, a maioria dos homens lêem livros de teor técnico, enquanto nas demais capitais os títulos mais lidos estão relacionados à literatura adulta.
"Esse perfil é até compreensivo, já que a cidade possui um mercado de trabalho agressivo e a atualização profissional é uma das formas encontradas para garantir a manutenção do emprego", diz.
Entre as capitais brasileiras, a cidade de Brasília (DF) possui o maior índice de leitura. De acordo com a pesquisa, 69% dos leitores consultados, com mais de 14 anos, tinham lido pelo menos um livro nos últimos três meses.
O índice foi de 47% em Salvador, 45% em Manaus, 43% no Rio de Janeiro, 39% em Porto Alegre e de 36% em São Paulo.
Apesar disso, a maioria das pessoas vê o preço dos livros como um obstáculo para a leitura.
"O poder aquisitivo da população ainda é um problema para o consumo dos
livros. Por isso, os entrevistados apontam as bibliotecas como forma de acesso à leitura", afirma Valle.
A pesquisa também traçou o perfil do leitor brasileiro de acordo com o gênero literário.
Os títulos de generalidades, ciências sociais e ciências aplicadas são os preferidos pelos homens, que também são atraídos por títulos de ficção na literatura.
Para o técnico em tecnologia Diogo Schwartzmann, 22, de Ribeirão, que costuma comprar publicações sobre informática, os livros são vistos como fonte de consulta e de atualização profissional.
"Eu trabalho com sistemas operacionais [de computadores] e preciso estar constantemente atualizado. Além disso, o livro é uma boa fonte de consulta para solucionar dúvidas", afirma Schwartzmann.
Já as mulheres costumam adquirir livros relacionados à filosofia, psicologia, religião e literatura adulta (poesia e romance).
Para Cacilda Emília Lopes Chacon, 66, também de Ribeirão, a leitura é uma forma de unir o lazer e o conhecimento. "Os livros ajudam a abrir a nossa mente. Por isso, costumo ler com muita frequência", diz Cacilda.
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