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05/10/2001 - 04h06

Free Jazz evoca Orishas

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CLAUDIA ASSEF
da Folha de S.Paulo

O grupo cubano Orishas, que você vai poder ver ao vivo, no palco New Directions, do Free Jazz, ficou famoso ao lançar uma versão hip hop para o clássico "Chan Chan", de Compay Segundo.

A música, que ganhou o nome de "537 Cuba", está no CD de estréia dos Orishas, "A Lo Cubano", que acaba de sair no Brasil.

"Quisemos gravar a música para matar as saudades que temos de morar em Cuba", disse à Folha Roland Gonzales, que, assim como os outros três integrantes do Orishas, mora atualmente em Paris. Quer saber por que os Orishas deixaram Cuba? Leia, então, a entrevista com o músico.

Folha - Por que resolveram sair do seu país?
Roland Gonzales -
A vida particular de cada um pesou muito na decisão. Quisemos sair de Cuba por um tempo. Também por causa das condições de conduzir nosso trabalho melhor fora de lá. Moro em Paris há cinco anos. Minha noiva e meus dois filhos moram comigo aqui. Mas gostaria muito de poder voltar a morar em Cuba.

Folha - A cena rap de Havana é bem movimentada, não?
Gonzales -
Sim. Há atualmente uns 200 grupos de rap em Havana. Alguns conseguem chegar a gravar CDs, outros desaparecem. O importante é que o gênero seja reconhecido e aceito um pouco mais a cada dia.

Folha - Como é o relacionamento dos rappers com o pessoal mais velho, como os músicos que aparecem no [filme" "Buena Vista Social Club"?
Gonzales -
Tivemos a oportunidade de dividir o palco com Compay Segundo, Buena Vista e Van Van, e eles disseram gostar muito do que a nova geração vem fazendo. Acham que é uma fusão muito importante. É uma honra ouvir esse tipo de comentário de caras como eles, que são verdadeiras lendas para nós.

Folha - Quem teve a idéia de fazer uma versão de "Chan Chan"?
Gonzales -
Aconteceu de forma natural no estúdio, enquanto gravávamos as primeiras demos. Adoramos a música. Quisemos gravá-la para matar as saudades que temos de morar em Cuba.

Folha - O que vocês esperam encontrar no Brasil? Conhecem música brasileira?
Gonzales -
Conhecemos os clássicos, como Gilberto Gil e Milton Nascimento. Tocamos uma vez com a Fernanda Abreu, em Lisboa, e temos uma lembrança muito feliz dessa apresentação. Mas é difícil manter-se atualizado quando se trata de música brasileira porque seu país é muito rico e produtivo em termos de novos talentos.

Folha - Vocês estão trabalhando num disco novo?
Gonzales -
Já temos umas 20 músicas prontas. Agora temos de escolher umas 12 para o disco, que vai sair em fevereiro de 2002.

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