Publicidade
Publicidade
10/10/2001
-
02h36
FRANCESCA ANGIOLILLO
da Folha de S.Paulo, no Rio
O público se comportou conforme esperado: diante das quatro opções oferecidas pela organização do Festival do Rio BR 2001, preferiu a de enredo mais lógico e elenco mais famoso.
"Bellini e a Esfinge", estréia de Roberto Santucci Filho, foi o escolhido da platéia entre os longas brasileiros de ficção apresentados
no evento, encerrado na segunda.
A produção, baseada no livro homônimo do titã Toni Bellotto e estrelado por Malu Mader e Fábio Assunção, bateu "Urbania", de Flávio Frederico, "Latitude Zero", de Toni Venturi, e "Duas Vezes com Helena", de Mauro Farias.
Em entrevista à Folha, após a divulgação do resultado, Santucci admitiu que a escolha de um elenco popular foi importante para a boa recepção do filme. Mas negou que ela tenha sido fundamental para a obtenção do prêmio. "O que faz a sessão encher são os atores. O que faz o público votar é o filme", disse o diretor.
O prêmio para longa de ficção, de R$ 200 mil, é o mais alto dos oferecidos pela BR Distribuidora, patrocinadora do evento.
Além do filme de abertura, "O Xangô de Baker Street", de Miguel Farias, ficaram de fora da competição os dois títulos nacionais considerados pela organização como mais "difíceis": "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, e "Dias de Nietzsche em Turim", de Julio Bressane.
O filme de Carvalho, porém, foi lembrado pelo Ministério da Cultura, que, no domingo, deu seu Prêmio de Aquisição, no valor de R$ 20 mil, à produção inspirada no romance de Raduan Nassar.
Se a eleição para ficção sagrou uma proposta comercial, na escolha do melhor documentário o público honrou um clássico do cinema nacional: Mário Peixoto (1908-1992). "Onde a Terra Acaba", homenagem de Sérgio Machado ao cineasta de "Limite", levou o prêmio de R$ 100 mil.
Paralelamente à premiação oficial, houve dois prêmios atribuídos pela Associação de Críticos de Cinema do Rio, um para curta-metragem e outro para longa (para o qual concorriam ficções e documentários, sem distinção). Por unanimidade, os jurados fizeram Sérgio Machado voltar ao palco.
Os críticos elegeram, entre os curtas, "Coruja", de Márcia Derraik e Simplício Neto. Os realizadores da produção, que enfoca compositores descobertos por Bezerra da Silva, já haviam aberto os agradecimentos da noite ao receber o prêmio de público na sua categoria, no valor de R$ 10 mil.
O festival este ano superou a expectativa de se igualar ao do ano passado em termos de público. Foram 150 mil espectadores contra 137 mil na edição passada, que era três dias mais longa.
Voto popular elege "Bellini e a Esfinge" como melhor ficção
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio
O público se comportou conforme esperado: diante das quatro opções oferecidas pela organização do Festival do Rio BR 2001, preferiu a de enredo mais lógico e elenco mais famoso.
"Bellini e a Esfinge", estréia de Roberto Santucci Filho, foi o escolhido da platéia entre os longas brasileiros de ficção apresentados
no evento, encerrado na segunda.
A produção, baseada no livro homônimo do titã Toni Bellotto e estrelado por Malu Mader e Fábio Assunção, bateu "Urbania", de Flávio Frederico, "Latitude Zero", de Toni Venturi, e "Duas Vezes com Helena", de Mauro Farias.
Em entrevista à Folha, após a divulgação do resultado, Santucci admitiu que a escolha de um elenco popular foi importante para a boa recepção do filme. Mas negou que ela tenha sido fundamental para a obtenção do prêmio. "O que faz a sessão encher são os atores. O que faz o público votar é o filme", disse o diretor.
O prêmio para longa de ficção, de R$ 200 mil, é o mais alto dos oferecidos pela BR Distribuidora, patrocinadora do evento.
Além do filme de abertura, "O Xangô de Baker Street", de Miguel Farias, ficaram de fora da competição os dois títulos nacionais considerados pela organização como mais "difíceis": "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, e "Dias de Nietzsche em Turim", de Julio Bressane.
O filme de Carvalho, porém, foi lembrado pelo Ministério da Cultura, que, no domingo, deu seu Prêmio de Aquisição, no valor de R$ 20 mil, à produção inspirada no romance de Raduan Nassar.
Se a eleição para ficção sagrou uma proposta comercial, na escolha do melhor documentário o público honrou um clássico do cinema nacional: Mário Peixoto (1908-1992). "Onde a Terra Acaba", homenagem de Sérgio Machado ao cineasta de "Limite", levou o prêmio de R$ 100 mil.
Paralelamente à premiação oficial, houve dois prêmios atribuídos pela Associação de Críticos de Cinema do Rio, um para curta-metragem e outro para longa (para o qual concorriam ficções e documentários, sem distinção). Por unanimidade, os jurados fizeram Sérgio Machado voltar ao palco.
Os críticos elegeram, entre os curtas, "Coruja", de Márcia Derraik e Simplício Neto. Os realizadores da produção, que enfoca compositores descobertos por Bezerra da Silva, já haviam aberto os agradecimentos da noite ao receber o prêmio de público na sua categoria, no valor de R$ 10 mil.
O festival este ano superou a expectativa de se igualar ao do ano passado em termos de público. Foram 150 mil espectadores contra 137 mil na edição passada, que era três dias mais longa.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice