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07/07/2000 - 04h06

Com pop rock na trilha sonora, visual dark e efeitos especiais, "Titan" estréia em todo o país

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ALEXANDRE MARON
da Folha de S. Paulo, no Rio
FÁTIMA GIGLIOTTI
da Folha de S. Paulo

"Titan", filme de animação de ficção científica que se passa no ano 3028, chega hoje aos cinemas brasileiros com a proposta de agradar ao "jovem adulto".

"Quando recebemos, Don Bluth e eu, a encomenda de fazer um filme para jovens adultos (eufemismo dos executivos para adolescentes), tentamos trazer um novo estilo", disse o co-diretor de "Titan", Gary Goldman, em entrevista à Folha.

Parceiros há mais de 20 anos, Bluth e Goldman dirigiram "Anastasia", primeiro filme de animação da Fox, feito para competir com os desenhos da Disney, que rendeu US$ 140 milhões. Mesmo assim, o estúdio preferiu arriscar na nova estratégia.

Não foi bem. Com orçamento de US$ 75 milhões, "Titan" fez nas duas primeiras semanas de exibição nos EUA US$ 16 milhões. Na semana passada, em meio a uma crise, a Fox fechou os estúdios de animação em Phoenix (Arizona).

Mas o filme gerou subprodutos. Esta semana, a editora Abril lança nas bancas a minissérie em três partes "Titan", que espertamente não é uma adaptação do longa, mas um complemento. Conta o que aconteceu, antes do desenho, com alguns dos personagens.

Como o material foi produzido pela competente Dark Horse, que se especializou em adaptações de franquias como "Star Wars" e "Aliens", o resultado é bom.

Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista de Goldman.

Folha - Que obras influenciaram na idealização de "Titan"?
Gary Goldman -
Quando fomos desafiados a fazer um filme para esses jovens adultos, usamos histórias em quadrinhos atuais, como Batman, com visual dark, que daria um ar mais realista ao filme, e não o visual de um desenho. Há um desenho que passa na MTV dos EUA, "The Maxx", que parece quadros de uma HQ. É dark, mas a arte é bem esboçada. Não queríamos que "Titan" se parecesse com animação japonesa.

Folha - O que, no filme, é feito para os jovens adultos?
Goldman -
As cores, muito escuras. A música, um tipo de rock limítrofe. Cale, o personagem principal, tem uma tatuagem e é revoltado, porque acha que seu pai não cumpriu a promessa de voltar e revê-lo. Ele tem atitude, não é o personagem que todas as mães gostariam de ter como filho. Mas também tivemos de fazê-lo interessante para toda a família. Artisticamente, mesmo para os atores, tivemos a sensação de que é mais sofisticado do que esperávamos inicialmente. Acho que será um pouco traumático para crianças de 6 anos, por exemplo.

Folha - Como você define "Titan"?
Goldman -
Nossa mensagem é que você não pode matar o espírito humano. Não importa o que você faça, mesmo que explodam o nosso mundo, as pessoas sempre vão achar um jeito de seguir em frente. Nosso pessoal de marketing fez um pôster enorme, com um "kan ji" japonês, o símbolo do DNA aplicado por todo o espaço, um sinal de paz dos anos 60. Em letras pequenas, nós escrevemos "Titan" e, em letras enormes, "Esperança". Em outros pôsteres, o enfoque principal foi a ação e a aventura.

Folha - Qual foi o maior desafio na produção de "Titan"?
Goldman -
Nosso desafio foi integrar a animação 3D com a convencional, em 2D. A animação de computador funciona bem quando você diminui a intensidade das luzes. Se você iluminar demais, fica tudo muito parecido com brinquedos, não parece real.

Folha - O senhor reconhece a influência de "Heavy Metal - Universo em Fantasia" em "Titan"?
Goldman -
"Heavy Metal" é mais ligado à fantasia moderna e traz essa visão em episódios. Não fizemos nenhum esforço em imitá-lo. "Titan" tem uma história com muitos diálogos, personagens interessantes e efeitos especiais.

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