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19/10/2001
-
03h58
CLAUDIA ASSEF
da Folha de S.Paulo
Se você é um dos muitos desesperados para assistir aos escoceses do Belle & Sebastian, que se apresentam na semana que vem na noite pop do Free Jazz, restam duas coisas a fazer: acionar a sua rede de amigos -até os de infância estão valendo- e torcer para que alguém tope vender um ingresso ou viajar para o Rio, onde ainda restam entradas para ver os ídolos indie.
Sem nunca ter cruzado a linha do Equador rumo ao hemisfério Sul, os músicos do Belle & Sebastian se espantam com a popularidade no Brasil.
"É sério que os ingressos esgotaram tão rápido em São Paulo? Que medo", disse à Folha o trompetista do grupo, o ex-estudante de farmácia Mick Cooke, 27.
Junto com os outros sete integrantes fixos da banda, Cooke deve tocar no Brasil alguma música em homenagem ao país. "Mas, se eu contar qual é, vai estragar a surpresa", diz.
Leia a seguir entrevista com o músico, que também toca na banda de ska The Amphetameanies.
Folha - É a primeira vez que vocês vão tocar no hemisfério Sul?
Mick Cooke - Acho que não estou mentindo se disser que nenhum de nós jamais esteve num país abaixo da Europa e dos EUA.
Folha - E vocês já fizeram uma listinha de coisas que querem ver e fazer no Brasil?
Cooke - Sim, já vimos fotos do Rio, por exemplo, e ficamos muito a fim de ir a praias. Estamos muito ansiosos para conhecer brasileiros. Recebemos muitos e-mails de fãs daí, é curioso. Muita gente de São Paulo e do Rio nos escreve. São geralmente mensagens bem legais.
Folha - Você sabia que os ingressos para o show de São Paulo esgotaram em dois dias?
Cooke - É sério? Que medo! Isso é bem maluco. Mas as pessoas compraram ingressos só para ver o nosso show?
Folha - Bom, quem comprou ingressos para ver vocês vai ver também [os islandeses" Sigur Rós e Grandaddy [da Califórnia"...
Cooke - Ah, bom, mesmo assim é incrível. Nosso empresário havia dito que por alguma razão íamos bem no Brasil. Mas acho que não acreditamos muito, não. Para nós, parece um tanto bizarro que gente no seu país curta tanto o nosso som, especialmente porque a cultura da Escócia e do Brasil me parecem bem distantes. Mas isso nos deixa bem animados.
Folha - Vocês costumam homenagear algumas cidades por onde passam com músicas típicas. Já pensaram se vão tocar algo especial no Brasil?
Cooke - Ah... Mas, se eu contar qual é, vai estragar a surpresa. Vamos ter de praticar um pouco de português [risos".
Folha - Sei que vocês gostam de música brasileira...
Cooke - Claro, adoramos Os Mutantes e Astrud Gilberto. Acho que todos nós temos nossos discos básicos da tropicália... O Brasil sempre foi um país muito influente em termos musicais.
Folha - A banda costuma promover jogos de futebol durante as turnês, não?
Cooke - Tentamos organizar partidas nos lugares onde tocamos. Tocamos na Espanha há pouco, e um grupo de fãs organizou um jogo. E é claro que perdemos deles [risos". Seria legal montar uma coisa dessas no Brasil.
Folha - Nos shows vocês já estão tocando músicas novas?
Cooke - Estamos trabalhando num disco que vai sair em fevereiro ou março do ano que vem. Ao vivo, temos tocado uma ou duas músicas novas, sim. Mas o set é bem misturado, tem músicas de todos os discos.
Folha - Que shows vocês querem ver no Free Jazz?
Cooke - Fatboy Slim. Estamos no espírito de cair na balada no Brasil, tomar uns drinques depois dos shows e sair para dançar, conhecer lugares e gente. Tem alguma sugestão para eu anotar?
BELLE & SEBASTIAN
Onde: no Rio, no MAM (av. Infante Dom Henrique, 85, aterro do Flamengo, tel. 0800-212223)
Quando: dia 25, às 22h
Quanto: R$ 50
Onde: em São Paulo, no Jóquei Clube (av. Lineu de Paula Machado, 1.263, tel. 0800-212223)
Quando: dia 26, às 22h
Quanto: R$ 50 (ingressos esgotados)
Patrocinador: Souza Cruz
Prepare-se:
Veja a programação do Rio de Janeiro
Confira a programação de São Paulo
Saiba onde e como comprar seus ingressos
Belle & Sebastian quer balada no Brasil
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da Folha de S.Paulo
Se você é um dos muitos desesperados para assistir aos escoceses do Belle & Sebastian, que se apresentam na semana que vem na noite pop do Free Jazz, restam duas coisas a fazer: acionar a sua rede de amigos -até os de infância estão valendo- e torcer para que alguém tope vender um ingresso ou viajar para o Rio, onde ainda restam entradas para ver os ídolos indie.
Sem nunca ter cruzado a linha do Equador rumo ao hemisfério Sul, os músicos do Belle & Sebastian se espantam com a popularidade no Brasil.
"É sério que os ingressos esgotaram tão rápido em São Paulo? Que medo", disse à Folha o trompetista do grupo, o ex-estudante de farmácia Mick Cooke, 27.
Junto com os outros sete integrantes fixos da banda, Cooke deve tocar no Brasil alguma música em homenagem ao país. "Mas, se eu contar qual é, vai estragar a surpresa", diz.
Leia a seguir entrevista com o músico, que também toca na banda de ska The Amphetameanies.
Folha - É a primeira vez que vocês vão tocar no hemisfério Sul?
Mick Cooke - Acho que não estou mentindo se disser que nenhum de nós jamais esteve num país abaixo da Europa e dos EUA.
Folha - E vocês já fizeram uma listinha de coisas que querem ver e fazer no Brasil?
Cooke - Sim, já vimos fotos do Rio, por exemplo, e ficamos muito a fim de ir a praias. Estamos muito ansiosos para conhecer brasileiros. Recebemos muitos e-mails de fãs daí, é curioso. Muita gente de São Paulo e do Rio nos escreve. São geralmente mensagens bem legais.
Folha - Você sabia que os ingressos para o show de São Paulo esgotaram em dois dias?
Cooke - É sério? Que medo! Isso é bem maluco. Mas as pessoas compraram ingressos só para ver o nosso show?
Folha - Bom, quem comprou ingressos para ver vocês vai ver também [os islandeses" Sigur Rós e Grandaddy [da Califórnia"...
Cooke - Ah, bom, mesmo assim é incrível. Nosso empresário havia dito que por alguma razão íamos bem no Brasil. Mas acho que não acreditamos muito, não. Para nós, parece um tanto bizarro que gente no seu país curta tanto o nosso som, especialmente porque a cultura da Escócia e do Brasil me parecem bem distantes. Mas isso nos deixa bem animados.
Folha - Vocês costumam homenagear algumas cidades por onde passam com músicas típicas. Já pensaram se vão tocar algo especial no Brasil?
Cooke - Ah... Mas, se eu contar qual é, vai estragar a surpresa. Vamos ter de praticar um pouco de português [risos".
Folha - Sei que vocês gostam de música brasileira...
Cooke - Claro, adoramos Os Mutantes e Astrud Gilberto. Acho que todos nós temos nossos discos básicos da tropicália... O Brasil sempre foi um país muito influente em termos musicais.
Folha - A banda costuma promover jogos de futebol durante as turnês, não?
Cooke - Tentamos organizar partidas nos lugares onde tocamos. Tocamos na Espanha há pouco, e um grupo de fãs organizou um jogo. E é claro que perdemos deles [risos". Seria legal montar uma coisa dessas no Brasil.
Folha - Nos shows vocês já estão tocando músicas novas?
Cooke - Estamos trabalhando num disco que vai sair em fevereiro ou março do ano que vem. Ao vivo, temos tocado uma ou duas músicas novas, sim. Mas o set é bem misturado, tem músicas de todos os discos.
Folha - Que shows vocês querem ver no Free Jazz?
Cooke - Fatboy Slim. Estamos no espírito de cair na balada no Brasil, tomar uns drinques depois dos shows e sair para dançar, conhecer lugares e gente. Tem alguma sugestão para eu anotar?
BELLE & SEBASTIAN
Onde: no Rio, no MAM (av. Infante Dom Henrique, 85, aterro do Flamengo, tel. 0800-212223)
Quando: dia 25, às 22h
Quanto: R$ 50
Onde: em São Paulo, no Jóquei Clube (av. Lineu de Paula Machado, 1.263, tel. 0800-212223)
Quando: dia 26, às 22h
Quanto: R$ 50 (ingressos esgotados)
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