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25/10/2001 - 02h57

"O povo é que vai me mostrar o que fazer", diz Fatboy Slim

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da Folha de S.Paulo

Leia a seguir a continuação da entrevista com Norman Cook, mais conhecido como Fatboy Slim, que encerra a programação do Free Jazz, sábado no Rio e domingo em São Paulo.

Folha - Você e Macy Gray se tornaram bons amigos?
Cook -
Não diria bons amigos, nos tornamos amigos. Passamos uns quatro dias juntos enquanto gravava meu disco. Depois cruzei com a Macy no [festival] Glastonbury, no ano passado, e conversamos bastante...

Folha - Você ainda compra muitos discos? Fica ansioso para encontrar música nova?
Cook -
Preciso ser honesto com você. Até uns dois anos atrás, eu era um rato de lojas de discos, gastava horas e bastante dinheiro. Mas aí comecei a me envolver com tantos compromissos, tenho estado tão ocupado que não tenho tido tempo. E também muita gente e muitas gravadoras começaram a me enviar discos. Chegam uns dez LPs por dia para mim, e sempre ouço todos. Sobre as coisas mais antigas... acho que tenho tudo que preciso. Sou um ávido colecionador de discos há uns 25 anos. Minha coleção deve chegar perto dos 10 mil discos. Acho que não preciso comprar mais [risos].

Folha - O você diria que um set de DJ precisa ter para pegar a galera de jeito?
Cook -
Precisa ter idéias estranhas, surpreender a galera. É preciso que o DJ esteja bem atento àquilo que a pista quer. As pessoas podem guiar o DJ, e vice-versa. Acho que no Brasil, o povo é que vai me guiar, vai me mostrar o que fazer.

Folha - E o que você está trazendo de estranho no seu case?
Cook -
Ainda não montei meu set para o Brasil, mas penso em levar coisas mais latinas. Na Europa, toco mais pesado. Acho que no Brasil vou fazer uma coisa mais carnavalesca. Sei que vai ser um show para muita gente, não quero errar. Os brasileiros têm uma reputação de festeiros. Acho que a gente vai se dar bem.

Folha - Podemos esperar um pouco de tudo, de big beat a house?
Cook -
No momento, tenho tocado house, basicamente. O big beat morreu na Inglaterra.

Folha - Você sabia que os ingressos para a sua noite se esgotaram rapidinho?
Cook -
Não sabia. Mas consigo entender, porque tenho sido chamado para tocar no Brasil há algum tempo. Ainda acho estranho, porque é um país tão distante... Mas é claro que gostei da notícia. Sabe que quase fui para o Brasil na minha lua-de-mel? Só não viajamos por causa do bebê, que era recém-nascido... Infelizmente, minha mulher e meu filho não vão viajar comigo desta vez. Ainda é difícil ficar num avião durante tanto tempo com o neném.

Folha - Uma vez li que o título do seu disco "Halfway Between the Gutter and the Stars" era autobiográfico, falava sobre o seu momento de estar "entre a sarjeta e as estrelas"...
Cook -
É louco. Imagina que há duas semanas rachei um set [de DJ" com a Nicole Kidman [risos". Pelo menos agora, as pessoas sabem que sempre vou estar no meio, entre a sarjeta e as estrelas [risos". Nunca vou ser uma estrela. Às vezes, penso: "Como fui me meter com essas pessoas?". Mas, bom, ainda fico nervoso quando vejo a Madonna [risos". E sei que muito garoto fica nervoso quando me encontra. Fico feliz em ainda suar frio quando vejo algum famoso. Significa que tenho os pés no chão. Ou melhor, na sarjeta [risos".

Folha - Há planos de lançar disco novo logo?
Cook -
Não sei. Acho que vou dar um tempinho de ser Fatboy Slim. Costumo mudar de projetos com frequência e tenho sido o Fatboy desde 97. Por enquanto, meu projeto mais concreto é produzir o disco novo do Blur.



Prepare-se:

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