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25/10/2001 - 03h23

Atrações pop somem do mapa da música após festival

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LEANDRO FORTINO
da Folha de S.Paulo

Fatboy Slim, Macy Gray, Belle & Sebastian. Lembre-se desses nomes, pois, se seguirem a trilha dos antecessores no Free Jazz, podem cair no total esquecimento. Desde que o festival investiu no pop, suas atrações parecem ter recebido uma espécie de "maldição" inexplicável que as tira de vez das paradas, da mídia e, em alguns casos, levam ao fim da carreira.

Afinal, quem ainda ouviu falar de artistas como a cantora Neneh Cherry, seu meio-irmão, Eagle-Eye Cherry, Finley Quaye e os guitarristas Ben Harper e Vernon Reid (ex-Living Colors) depois de suas passagens pelo festival? São só alguns exemplos.

Tudo começou com uma tentativa de rejuvenescer o elenco do Free Jazz (estariam os jovens fumando menos ou fumantes velhos morrendo por causa dos males do cigarro?), em 94. O acid jazz (mistura de jazz e hip hop) começava a ganhar espaço no pop.

Agraciado por prêmios como o Grammy, o Digable Planets abriu as portas para o estilo invadir o festival. Gravaram o segundo disco no mesmo ano e, sem obter o sucesso do CD de estréia, "Reachin'", desapareceram de vez.

No mesmo estilo, também foram apagados os grupos US3, Guru's Jazzmatazz (Free Jazz de 94), Brand New Heavies (95), Incognito e James Taylor Quartet (96).

Considerado um dos precursores do drum'n'bass, o produtor Goldie (ex-namorado de Björk, cantora que fez show em 96 e é um dos poucos artistas que conseguiram refletir a tal "maldição do Free Jazz") está sumido desde 98, quando lançou o álbum "SaturnzReturn", que trazia uma homenagem a Chico Science. Ele tocou por aqui em 97...

Há ainda artistas que sumiram do mapa do pop não por perder espaço na mídia, mas por desistir da carreira. O trio de trip hop Massive Attack, um dos nomes mais aclamados da música britânica na década de 90, pendurou as chuteiras depois de se apresentar com o Kraftwerk em 98.

Até o DJ Darren Price, que passou praticamente escondido pelo Free Jazz de 99, deixou o Underworld, do qual fazia parte, depois de tocar seus vinis nos toca-discos do evento. Antes, o trio emplacou no mundo todo o hit "Born Slippy", do filme "Trainspotting".

Para não ficar só na música eletrônica, muitas vezes chamada de descartável, há exemplos de atrações que acabaram malsucedidas também no rock. É o caso da Dave Matthews Band. Fenômeno nos EUA, o grupo liderado pelo sul-africano que lhe dá o nome parece ter perdido a onda de sorte que o cercava até 97, quando lançou o multiplatinado álbum "Crash", sucessor de "Under the Table and Dreaming", de 95. A banda tocou no Free Jazz em 98.


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