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26/10/2001 - 21h57

Sigur Rós promete show calmo em SP e diz que gosta de Sepultura

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

Definitivamente, falar não é a praia dos islandeses do Sigur Rós, atração da primeira noite do Main Stage do Free Jazz Festival em São Paulo. Falando baixo, dando respostas reticentes, em geral pronunciadas com uma certa timidez, e economizando no vocabulário, o baterista Orri Dryason e o baixista George Holm falaram antes do show sobre o espetáculo que fariam e da carreira da banda.

Para os que esperam que o grupo tenha a mesma performance da apresentação no Rio de Janeiro, eles adiantaram que o show de São Paulo seria mais calmo. "A apresentação de ontem [quinta-feira, dia 25] foi estranha, não sei porque", disse o baixista.

Para quem não conhece o som da banda, eles não ajudam muito na divulgação, ao falar do próprio trabalho. "Não gostamos de definir nossas músicas. Elas não têm de ser categorizadas", afirmaram. Sobre a classificação em geral feita pela mídia, que os coloca no grupo das bandas de pop rock, eles foram complacentes, mas insistiram na não-rotulação. "É mais fácil classificar. Eu entendo, mas não necessariamente concordo", disse o baixista.

Nada sobre a música do Sigur Rós tem muita explicação. A concepção do grupo parece ser simplesmente a de que a "música fala por si". Pelo menos foi essa a impressão que eles deixaram ao [não] responder sobre como surgiu o "hopelandish", uma língua que eles mesmos criaram para fazer as letras de suas músicas.

"O 'hopelandish' surgiu porque, em geral, primeiro fazemos as músicas e depois a letra. O vocal é mais um instrumento. A música é mais importante do que a letra", disse o baixista.

O arco de violino usado por Jon Thor para tocar guitarra -que eles apresentaram no show do Rio de Janeiro e que impressionou- também não é resultado de nenhuma pesquisa com instrumentos musicais em busca de sonoridades mirabolantes. Simplesmente "usaram e gostaram".

Para os que querem saber como a banda começou, tudo muito simples: os amigos que já se conheciam e tocavam em bandas diferentes não tinham o que fazer e, para passar o tempo, resolveram entrar em um estúdio para gravar uma música. A gravação durou seis horas e, no final, se perguntaram: "por que a gente não continua?".

Os "acasos" definitivamente marcam a música do grupo. À clássica pergunta sobre de onde vêm as idéias e a inspiração para compor as canções, eles respondem: "Só tocamos... e a música vem. Nós fazemos a música na hora. Um influencia o outro. Nós gostamos muito um do outro e no final sempre concordamos em tudo".

Segundo o Sigur Rós, não havia expectativa sobre o Brasil. "Não sabíamos o que esperar porque nunca tínhamos vindo. Estamos surpresos pelo fato de as pessoas conhecerem as músicas".

O que eles gostariam de ouvir no Free Jazz? Uma surpresa: a banda Sepultura. Quem conhece a música do Sigur Ros sabe o porquê.

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