Publicidade
Publicidade
28/10/2001
-
18h11
MARCELO DALLA PRIA
da Folha Online
O espaço dançante Cream, do Free Jazz, privilegiou a house music à moda inglesa na segunda noite do festival em São Paulo. O público conferiu algumas das melhores apresentações eletrônicas do palco, com destaque para o trio inglês X-Press 2 que, com nada menos do que seis picapes, segurou a platéia até as 7h do domingo. Nem o preço da cerveja -R$ 3 a latinha (Kaiser)- conseguiu derrubar o ânimo.
A noite, que contou com apresentações de seis DJs ingleses e de um dominicano radicado nos EUA, foi aberta pelo residente brasileiro Felipe Venâncio, que tocou para uma platéia pouco numerosa, mas ainda assim bastante animada.
Como era de se esperar, o DJ, que já animou festas como a ValDemente, não fugiu à tendência da noite e apresentou um repertório house de primeira, conseguindo aquecer o público para as atrações internacionais que vieram a seguir.
E o público Cream parecia já estar na sintonia eletrônica quando a dupla Mutiny subiu ao palco e levou a platéia ao delírio com uma house music com sotaque britânico e forte tendência electro. As quebradas inesperadas do inglês Dylan Barnes e seu parceiro Rob Davy criavam um clima de suspense na platéia, que logo em seguida se contagiava com a batida contagiante da dupla. Puro êxtase!
Depois do Mutiny, mais uma atração inglesa tomou conta da festa, desta vez a DJ Lottie que, apesar de ser considerada a rainha house da Inglaterra, apresentou o repertório mais morno da noite. Mesmo com as boas mixagens, a seleção de músicas mais constante de Lottie (cujo verdadeiro nome é Charlotte Horne) contrastou com as "quebradas-suspense" de Mutiny, mantendo o público dançando, mas desta vez sem tantos pulos e gritos. A própria DJ parecia ser a que mais estava se divertindo, por não ter parado de dançar durante toda a apresentação.
O contraste mais forte da noite, porém, aconteceu quando a veterana Lottie foi substituída pelo DJ dominicano Ray Roc. Radicado nos Estados Unidos, Roc não negou suas origens e apresentou um repertório de influência excessivamente latina, que não agradou tanto os presentes. Não faltou samba, salsa e, é claro, a boa house music na seleção do DJ. Em alguns momentos, o público tinha a impressão de que estava num baile de carnaval. Tanto que algumas pessoas da platéia aproveitaram para subir ao palco e tentar animar um pouco mais o ambiente. Sem sucesso.
Mas foi só o trio inglês X-Press 2 tomar conta do palco do Cream, por volta das 4h30, para a house music "de raiz" voltar ao local na apresentação mais empolgante da noite. O trio veio ao festival apenas para "tapar o buraco" deixado por Todd Terry e Jellybean, que na última hora cancelaram suas apresentações em virtude dos atentados aos Estados Unidos, em 11 de setembro.
E assim, de surpresa, a platéia voltou a incendiar ao som dos integrantes Rocky, Diesel e Ashley Beedle. Nem os DJs que se apresentaram antes do trio deixaram de curtir a festa e subir ao palco para se divertir um pouquinho. Afinal, DJ também é gente, né? E foi nesse clima de festa inglesa que o X-Press 2 fechou a noite -ou abriu o dia, porque a platéia embalou até as 7h do domingo. Haja fôlego!
O melhor do Free Jazz:
Localize-se nos palcos do Rio de Janeiro
Conheça a estrutura no Jóquei, de São Paulo
Conheça os restaurantes do Village no Rio
Fique por dentro do Village de São Paulo
SAIBA TUDO sobre o Free Jazz Festival
Noite house do Cream faz público pular até as 7h do domingo
Publicidade
da Folha Online
O espaço dançante Cream, do Free Jazz, privilegiou a house music à moda inglesa na segunda noite do festival em São Paulo. O público conferiu algumas das melhores apresentações eletrônicas do palco, com destaque para o trio inglês X-Press 2 que, com nada menos do que seis picapes, segurou a platéia até as 7h do domingo. Nem o preço da cerveja -R$ 3 a latinha (Kaiser)- conseguiu derrubar o ânimo.
A noite, que contou com apresentações de seis DJs ingleses e de um dominicano radicado nos EUA, foi aberta pelo residente brasileiro Felipe Venâncio, que tocou para uma platéia pouco numerosa, mas ainda assim bastante animada.
Como era de se esperar, o DJ, que já animou festas como a ValDemente, não fugiu à tendência da noite e apresentou um repertório house de primeira, conseguindo aquecer o público para as atrações internacionais que vieram a seguir.
E o público Cream parecia já estar na sintonia eletrônica quando a dupla Mutiny subiu ao palco e levou a platéia ao delírio com uma house music com sotaque britânico e forte tendência electro. As quebradas inesperadas do inglês Dylan Barnes e seu parceiro Rob Davy criavam um clima de suspense na platéia, que logo em seguida se contagiava com a batida contagiante da dupla. Puro êxtase!
Depois do Mutiny, mais uma atração inglesa tomou conta da festa, desta vez a DJ Lottie que, apesar de ser considerada a rainha house da Inglaterra, apresentou o repertório mais morno da noite. Mesmo com as boas mixagens, a seleção de músicas mais constante de Lottie (cujo verdadeiro nome é Charlotte Horne) contrastou com as "quebradas-suspense" de Mutiny, mantendo o público dançando, mas desta vez sem tantos pulos e gritos. A própria DJ parecia ser a que mais estava se divertindo, por não ter parado de dançar durante toda a apresentação.
O contraste mais forte da noite, porém, aconteceu quando a veterana Lottie foi substituída pelo DJ dominicano Ray Roc. Radicado nos Estados Unidos, Roc não negou suas origens e apresentou um repertório de influência excessivamente latina, que não agradou tanto os presentes. Não faltou samba, salsa e, é claro, a boa house music na seleção do DJ. Em alguns momentos, o público tinha a impressão de que estava num baile de carnaval. Tanto que algumas pessoas da platéia aproveitaram para subir ao palco e tentar animar um pouco mais o ambiente. Sem sucesso.
Mas foi só o trio inglês X-Press 2 tomar conta do palco do Cream, por volta das 4h30, para a house music "de raiz" voltar ao local na apresentação mais empolgante da noite. O trio veio ao festival apenas para "tapar o buraco" deixado por Todd Terry e Jellybean, que na última hora cancelaram suas apresentações em virtude dos atentados aos Estados Unidos, em 11 de setembro.
E assim, de surpresa, a platéia voltou a incendiar ao som dos integrantes Rocky, Diesel e Ashley Beedle. Nem os DJs que se apresentaram antes do trio deixaram de curtir a festa e subir ao palco para se divertir um pouquinho. Afinal, DJ também é gente, né? E foi nesse clima de festa inglesa que o X-Press 2 fechou a noite -ou abriu o dia, porque a platéia embalou até as 7h do domingo. Haja fôlego!
O melhor do Free Jazz:
SAIBA TUDO sobre o Free Jazz Festival
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice