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30/10/2001 - 11h07

Espetáculo "Túfuns" desconstrói versos do poeta Ferreira Gullar

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VALMIR SANTOS
free-lance para a Folha de S.Paulo

Há tempos o poeta maranhense Ferreira Gullar, 71, não retoma o dramaturgo que escreveu três peças, entre elas "Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come" (66), parceria com Oduvaldo Vianna Filho no grupo Opinião.

Mas o teatro e a dança revisitam seus poemas com frequência. "Poema Sujo" (76), por exemplo, foi interpretado por Rubens Corrêa no início dos anos 80.

Hoje, na programação da Mostra Internacional Sesc de Dança, é possível conferir mais um trabalho baseado em versos seus.

No espetáculo "Túfuns", atração das 13h no Poupatempo ao lado do Sesc Carmo, a atriz e dançarina Mariana Muniz procura traduzir em movimentos e gestos o equivalente à desconstrução das palavras de Gullar.

O verbo ora surge em off, ora na boca da intérprete, dialogando com música concebida pela pesquisadora Denise Garcia. A direção do espetáculo é assinada por Cláudio Gimenez Filho.

O título é cria "sem significado" do autor, palavra extraída do poema "O Inferno". Já em "Muitas Vozes", também destacado em cena, os versos ecoam movimento: "Meu poema/ é um tumulto: a fala/ que nele fala/ outras vozes/ arrasta em alarido".

Gullar assistiu a "Túfuns" em vídeo. "Achei muito bonito, muito expressivo", afirma.

"O poeta não pode esperar que verá em cena exatamente o poema dele, trata-se de uma recriação, sobretudo a partir da atmosfera e do significado, não é uma interpretação "ipsis litteris'", compara.

O quê: "Túfuns"
Quando: única apresentação hoje, às 13h
Onde: Sesc Carmo/Poupatempo (r. do Carmo, 147, Centro, tel. 3105-9121)
Quanto: entrada franca



 

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