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04/11/2001 - 03h15

Em um mês, mostras na cidade de SP foram vistas por 200 mil

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FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

Foi com ele que tudo começou e, agora, ele continua a empolgar a cidade. Mesmo com a forte concorrência, o escultor Rodin bate as outras grandes mostras em São Paulo: a arte egípcia no Masp e a coleção de arte moderna do Centro Pompidou, na Oca. Coincidentemente, todas elas são realizadas a partir do acervo de museus franceses.

Em 1995, durante 35 dias, 150 mil pessoas formaram filas para ver as esculturas do francês na Pinacoteca. Agora, a "Porta do Inferno", de Rodin, já levou 72 mil pessoas ao mesmo museu -a mostra foi aberta em 6 de outubro e os números referem-se até domingo passado, ou seja, 22 dias. Em segundo lugar está "Egito Faraônico -°Terra dos Deuses", que já reuniu 61.832 pessoas durante todo um mês em cartaz.
Finalmente, "Parade", na Oca, teve cerca de 50 mil visitantes, durante seus primeiros 26 dias.

Em domingo de fim de semana prolongado, visitar um museu é um bom programa para quem está na cidade. Por isso, fugir das filas é uma estratégia necessária. O dia mais visitado de "Porta do Inferno", por exemplo, aconteceu justamente no feriado de 12 de outubro: foram 10 mil pessoas.

Segundo a assessoria de imprensa da Pinacoteca, o melhor horário para fugir das filas é até as 14h. O mesmo é indicado para quem quer ir ao Masp. Já na Oca, como a mostra fica aberta até as 21h, a tendência às filas é menor após as 18h. Esse horário também é conveniente para quem não quer concorrer com a quantidade de visitantes que o parque Ibirapuera recebe aos domingos.

No entanto, para quem quer realmente escapar do stress de aglomerados, o melhor é visitar as mostras de arte brasileira em cartaz no Itaú Cultural - "Anos 70 -°Trajetórias"- e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), com o "Panorama da Arte Brasileira". "Anos 70" teve, nos 20 dias em que está em cartaz, cerca de 10 mil visitantes. O "Panorama", inaugurado no dia 25, não tinha ainda números computados de visitação.
Apesar de não contarem com o mesmo charme das mostras com acervos franceses, as exposições nacionais são importantes contribuições para a compreensão da cultura nos anos 70 (no Itaú) e da produção contemporânea (no MAM).

Obras-primas
Agora, quem quer mesmo se arriscar, tem que preparar o espírito. Começando pela mostra em primeiro lugar de público, é de fato imperdível ver a "Porta do Inferno" da maneira que ficou instalada no espaço central da Pinacoteca. A luz natural surpreendeu até mesmo os diretores do Museu Rodin. Além do mais, a exposição exibe de maneira educativa o modo como o escultor retirou da "Porta" algumas de suas mais importantes criações, como "O Beijo" e "O Pensador".

E há ainda as esculturas do mineiro Amilcar de Castro, uma excelente contraposição às obras do francês. Linguagens distintas, dentro do mesmo campo de atuação artística.

Já no Masp, os visitantes que forem conferir as obras egípcias do acervo do Museu do Louvre, de Paris, expostas no subsolo do espaço da avenida Paulista, não devem deixar de conferir a mostra "Landscape -Paisagem", um ótimo retrato da produção contemporânea baseada na Inglaterra.

Imperdível também é o desfile de obras-primas na Oca. Com uma cenografia impecável, que conduz a surpresas, ano a ano, no século 20, "Parade" contém algumas das mais importantes obras da história da arte. Lúdica, a exposição é recheada de pérolas, que tem como um dos destaques a "Roda de Bicicleta" (1913), de Duchamp, que revolucionou o cenário artístico do século passado.
 

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