Publicidade
Publicidade
10/07/2000
-
04h54
CARLOS ADRIANO, da Folha de S.Paulo
Chamar o filme "Hitler no 3º Mundo" de raro e bizarro talvez não dê o alcance dos estilhaços de sua dimensão. Underground, está à margem do "cinema marginal". Feito em 1968 pelo inquieto artista-pensador de vanguarda José Agrippino de Paula, foi outra de suas intervenções na conturbada e criativa cena nacional dos anos 60.
Em 1966, Agrippino fazia teatro com o grupo Sonda ("Rito do Amor Selvagem", "Tarzan 3º Mundo"). Em 1967, lançou o livro "PanAmérica", paródia intertextual pop e política, que já trabalhava o imaginário cinematográfico em imagens associativas.
A tela era projeção natural das idéias do autor, consumadas num coágulo radical de cacos e signos sobre o impacto da cultura de massa na sociedade alienada.
Com ruptura sintática e desbunde marxista, o filme traz ogros nazistas, samurai antropófago e monstro de HQs numa alegoria tropicalista que debate a desrazão da linguagem. É uma instigante panorâmica pelo caos da "PanAmérica" apocalíptica.
Clique aqui para ler mais de Ilustrada na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
"Hitler no 3º Mundo" intervém na cena nacional dos anos 60
Publicidade
Chamar o filme "Hitler no 3º Mundo" de raro e bizarro talvez não dê o alcance dos estilhaços de sua dimensão. Underground, está à margem do "cinema marginal". Feito em 1968 pelo inquieto artista-pensador de vanguarda José Agrippino de Paula, foi outra de suas intervenções na conturbada e criativa cena nacional dos anos 60.
Em 1966, Agrippino fazia teatro com o grupo Sonda ("Rito do Amor Selvagem", "Tarzan 3º Mundo"). Em 1967, lançou o livro "PanAmérica", paródia intertextual pop e política, que já trabalhava o imaginário cinematográfico em imagens associativas.
A tela era projeção natural das idéias do autor, consumadas num coágulo radical de cacos e signos sobre o impacto da cultura de massa na sociedade alienada.
Com ruptura sintática e desbunde marxista, o filme traz ogros nazistas, samurai antropófago e monstro de HQs numa alegoria tropicalista que debate a desrazão da linguagem. É uma instigante panorâmica pelo caos da "PanAmérica" apocalíptica.
Clique aqui para ler mais de Ilustrada na Folha Online
Discuta esta notícia nos Grupos de Discussão da Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice