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16/11/2001 - 00h02

"Harry Potter" não é completo, mas não decepciona quem leu o livro

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LAURA PRADO
da Folha Online

Nove entre dez filmes baseados em livros de sucesso são uma grande decepção para seus fãs. Isso porque nossa imaginação voa muito mais longe do que a de quem coloca o filme na tela. Ou, simplesmente, voa em outra direção. Felizmente, "Harry Potter e a Pedra Filosofal" é aquele filme que se salva.

Obviamente, o filme tem falhas. A maior delas é a pouca menção que se faz às atrocidades cometidas pelo vilão Voldemort (ou "Você-sabe-quem"). E faltou também dar uma ênfase maior ao fato de que todos evitam pronunciar seu nome, enquanto Harry e Dumbledore são os únicos que não temem fazê-lo. É um fato de suma importância, como todo bom fã da saga sabe!

Uma das melhores adaptações é com certeza o jogo de quadribol entre as casas Grifinória e Sonserina. Os efeitos surpreendentes fazem qualquer um acreditar que é possível subir numa vassoura e cruzar os céus atrás de uma bolinha dourada com asas. O excelente figurino, feito por Judianna Makovsky, fica especialmente em evidência na entrada dos jogadores. A capa usada pelo time dá um ar de grandiosidade a eles, que nem mesmo no livro eu havia conseguido imaginar.

Mais uma coisa que decepciona: Harry é um garoto sofrido e isso é essencial para o funcionamento de toda a história e para o modo como ele reage às repentinas mudanças em sua vida. A culpa pode ser da escassez de tempo para explicar tudo isso, mas o personagem de Harry acaba não passando toda aquela amargura que ele tem no livro. Pareceu que ele se acostumou rapidamente a ser famoso, querido e rico, o oposto de tudo que ele era em sua vida com os tios Dursley.

A rixa entre Harry e o malvadinho Draco Malfoy também ficou um pouco no ar. O filme não mostra o encontro dos dois no Beco Diagonal, nem no Expresso Hogwarts, onde os dois, Rony e os grandalhões Crabbe e Goyle quase começam uma briga. A inimizade entre eles, que se constrói em vários momentos, fica restrita a um encontro antes da entrada no salão de festas.

Também é preciso lembrar que a cerimônia do chapéu não teve o poeminha recitado pelo velho Chapéu Seletor e que Dumbledore não disse seu estupendo discurso de boas-vindas aos alunos: "Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer algumas palavrinhas: Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado."

Muitos fãs vão relembrar ainda outras falhas do filme, mas o fato é que, mesmo sem tudo que foi mencionado, o filme é fantástico. Não só pela reprodução de uma fantasia que todos gostariam que fosse realidade, mas também pelo desempenho dos atores e pelo esforço da equipe.

Sair do filme é como acordar de um sonho, daqueles que a gente tem quando dorme com o livro nas mãos. Tudo que lemos ganha vida e situações fantasiosas parecem se tornar realidade. Mal posso esperar pelo próximo!

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