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25/11/2001 - 11h52

"O Povo na TV" foi pioneiro na apelação para o mundo cão

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da Folha de S.Paulo

Em 1979, a Rede Tupi agonizava. À tarde, reprises de desenhos e filmes não atraíam anunciantes nem telespectadores. Foi quando um dos diretores, Wilton Franco, propôs ocupar toda a faixa vespertina com um programa ao vivo dito "de prestação de serviços".

Ele reuniu um time de apresentadores, entre os quais o ex-galã de fotonovelas e amigo da polícia Wagner Montes, Cristina Rocha (hoje no "Mulheres", da Gazeta) e Sérgio Mallandro. Havia até um curandeiro, Roberto Lengruber, preso depois por charlatanismo. Nascia "A Voz do Povo na TV", versão revista e ampliada do que Jacinto Figueira Jr., em seus sapatos brancos, fizera nos anos 60.

Valia tudo. Pessoas com doenças graves, agredidas por policiais ou maltratadas em repartições públicas formavam filas na porta do estúdio.

Deu certo. Acostumado a uma televisão sem opinião e sem calor humano, o telespectador achou que aquela pantomima pseudo-assistencialista e demagógica era a redenção dos desvalidos.

Em pouco tempo, o faturamento da Tupi aumentou 20 vezes no horário. Silvio Santos, sempre atento ao popularesco, levou a trupe para sua recém-criada emissora; a Bandeirantes produziu uma cópia da atração.

Agora, 22 anos depois, a fórmula continua atual. Enquanto houver pessoas desesperadas, desassistidas e com a auto-estima destroçada, o "povo" estará sempre na televisão.
 

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