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27/11/2001 - 03h22

Orquestra inicia em agosto a "Tetralogia"

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da Folha de S.Paulo

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo apresentará em agosto de 2002, em versão de concerto, "O Ouro do Reno", de Richard Wagner (1813-1883).

É a primeira das quatro óperas de "O Anel dos Nibelungos", sem dúvida o maior monumento da história do teatro lírico. O ciclo, mesmo de forma incompleta, foi ouvido pela última vez em São Paulo em outubro de 1922.

Não é fácil explicar essa espécie de boicote à "Tetralogia", como também é chamada. Houve a imigração italiana no Brasil que, sem querer, impôs a idéia excludente de que ópera não faz sucesso se for de outra nacionalidade e cantada em outro idioma.

Ou ainda: há um século, o regime republicano procurava enterrar as referências culturais herdadas do Segundo Reinado. E dom Pedro 2º tinha um bom relacionamento pessoal com Richard Wagner.

Bem depois disso, a germanofilia musical chegou a ter uma dimensão política difusa que a aproximava do nazismo. Mas são coisas de um passado já distante.

O maestro John Neschling também pretende reger a partir de 2003 os "capítulos" seguintes do ciclo: "As Valquírias", "Siegfried" e "Crepúsculo dos Deuses".

Para "O Ouro do Reno", o papel do deus Wotan será cantado pelo barítono norte-americano Greer Grimsley, que foi Escamillo na "Carmen" produzida por Peter Brook para o Met de Nova York.

Fricka, sua mulher, será a soprano alemã Doris Soffel, que já integrou elencos de "O Anel" em Bayreuth, sede anual do festival wagneriano de verão. O anão trapaceiro Alberich será cantado pelo alemão Ekkehard Wlaschiha, que estreou no papel em 1988 no Covent Garden, de Londres.

Alguns papéis serão cantados por profissionais brasileiros, como Loge, deus do fogo, pelo tenor Fernando Portari, e as três filhas do Reno, que serão as sopranos Rosana Lamosa e Claudia Riccitelli e a mezzo-soprano Denise Sartori.
(JBN)
 

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