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20/12/2001
-
10h29
FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo
Finalmente foi lançado, anteontem, o livro comemorativo dos 50 anos da Bienal Internacional de São Paulo. A princípio, a publicação estaria pronta para a mostra "Bienal 50 Anos: Uma Homenagem a Ciccillo Matarazzo", organizada pela Fundação Bienal, que ficou em cartaz de maio a julho passados.
No caso, o atraso foi saudável, pois assim o prometido documento sobre os 50 anos do evento mais importante em artes plásticas no país ficou descolado das polêmicas que envolveram a mostra comemorativa. Mas fugir das controvérsias parece ter sido de fato uma tática. "A opção foi ressaltar o legado da Bienal, com as realizações mais importantes", disse à Folha Agnaldo Farias, o organizador do livro.
"Bienal 50 Anos, 1951 - 2001" traz uma apresentação de todas as 24 edições já realizadas, com contextualização dos fatos mais importantes no Brasil e no exterior. Já que se trata de documento organizado pela instituição, faltou a lista completa dos artistas que participaram das bienais (ou ao menos alguns destaques). Seria ótima fonte de consulta.
O livro ganha profundidade com o texto analítico, escrito por Farias. Nele, o autor defende a tese de que a Bienal funcione como um "museu caleidoscópico" para o Brasil. Num país onde instituições são carentes das produções importantes no século 20, a Bienal funcionou como permanente vitrine para a produção contemporânea internacional, presente por meio de movimentos e artistas importantes do período.
Há ainda uma homenagem ao conde Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, criador da Bienal, em 1951, por meio do texto de Rosa Artigas. A autora ressalta a atitude de vanguarda de Ciccillo, que também foi o responsável pela criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Museu de Arte Contemporânea da USP, além de fazer um balanço das primeiras bienais.
Nesses 50 anos, não faltaram crises na instituição, mas elas aparecem apenas nos pequenos depoimentos publicados no fim do livro, especialmente de artistas como Nuno Ramos ou Arcângelo Ianelli.
Livro: "Bienal 50 Anos, 1951-2001" (347 págs.)
Coordenação editorial: Agnaldo Farias
Editora: Fundação Bienal de São Paulo (tel. 0/xx/11/5573-5377)
Quanto: R$ 120
Patrocínio: Unisys
Livro "Bienal 50 Anos, 1951 - 2001" revê edições realizadas
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da Folha de S.Paulo
Finalmente foi lançado, anteontem, o livro comemorativo dos 50 anos da Bienal Internacional de São Paulo. A princípio, a publicação estaria pronta para a mostra "Bienal 50 Anos: Uma Homenagem a Ciccillo Matarazzo", organizada pela Fundação Bienal, que ficou em cartaz de maio a julho passados.
No caso, o atraso foi saudável, pois assim o prometido documento sobre os 50 anos do evento mais importante em artes plásticas no país ficou descolado das polêmicas que envolveram a mostra comemorativa. Mas fugir das controvérsias parece ter sido de fato uma tática. "A opção foi ressaltar o legado da Bienal, com as realizações mais importantes", disse à Folha Agnaldo Farias, o organizador do livro.
"Bienal 50 Anos, 1951 - 2001" traz uma apresentação de todas as 24 edições já realizadas, com contextualização dos fatos mais importantes no Brasil e no exterior. Já que se trata de documento organizado pela instituição, faltou a lista completa dos artistas que participaram das bienais (ou ao menos alguns destaques). Seria ótima fonte de consulta.
O livro ganha profundidade com o texto analítico, escrito por Farias. Nele, o autor defende a tese de que a Bienal funcione como um "museu caleidoscópico" para o Brasil. Num país onde instituições são carentes das produções importantes no século 20, a Bienal funcionou como permanente vitrine para a produção contemporânea internacional, presente por meio de movimentos e artistas importantes do período.
Há ainda uma homenagem ao conde Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, criador da Bienal, em 1951, por meio do texto de Rosa Artigas. A autora ressalta a atitude de vanguarda de Ciccillo, que também foi o responsável pela criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Museu de Arte Contemporânea da USP, além de fazer um balanço das primeiras bienais.
Nesses 50 anos, não faltaram crises na instituição, mas elas aparecem apenas nos pequenos depoimentos publicados no fim do livro, especialmente de artistas como Nuno Ramos ou Arcângelo Ianelli.
Livro: "Bienal 50 Anos, 1951-2001" (347 págs.)
Coordenação editorial: Agnaldo Farias
Editora: Fundação Bienal de São Paulo (tel. 0/xx/11/5573-5377)
Quanto: R$ 120
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