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25/12/2001
-
06h26
LEONARDO CRUZ
da Folha de S.Paulo
O que você pensaria se uma emissora de TV produzisse uma minissérie, em três partes, baseada em um famoso romance e decidisse exibir apenas um capítulo por ano? Frustrante, não?!
Pois é isso o que a produtora New Line fez com sua versão cinematográfica de "O Senhor dos Anéis", romance de fantasia de J.R.R. Tolkien, um dos maiores sucessos editoriais em língua inglesa em todos os tempos.
O filme "O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel" representa o primeiro terço da obra de Tolkien. As versões para as telas de "As Duas Torres" e "O Retorno do Rei", já filmadas, só serão lançadas em dezembro de 2002 e dezembro de 2003, respectivamente.
Essa divisão da história em três partes torna "A Sociedade do Anel" uma frustração para espectadores que não conhecem a obra de Tolkien, já que, após quase três horas, a fita termina sem que haja um desfecho para a trama.
Outro fator que enfraquece o filme de Jackson é consequência de sua excessiva fidelidade ao livro -o diretor fez poucas alterações na trama para manter a maioria das passagens importantes.
Esforço louvável, porém o resultado deixa a desejar. Nas telas, "A Sociedade do Anel" torna-se um amontoado de sequências de perseguição e batalha, e os personagens perdem relevo.
Exemplo dessa simplificação é Aragorn. No livro de Tolkien, o herdeiro do trono de Isuldur surge como figura muito mais obscura e misteriosa do que no filme, em que é, quase imediatamente, transformado em herói.
Razões como essas tornam "A Sociedade do Anel" uma aventura só recomendável para iniciados no universo de Tolkien -os que conhecem a história e sabem qual será o desenvolvimento da trama nos próximos filmes.
Para os novatos no assunto que quiserem evitar decepções, é melhor ler a obra antes ou aguardar que a saga completa saia em vídeo, o que só deve ocorrer depois de 2003.
"Senhor dos Anéis" faz sentido apenas para os iniciados na obra
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da Folha de S.Paulo
O que você pensaria se uma emissora de TV produzisse uma minissérie, em três partes, baseada em um famoso romance e decidisse exibir apenas um capítulo por ano? Frustrante, não?!
Pois é isso o que a produtora New Line fez com sua versão cinematográfica de "O Senhor dos Anéis", romance de fantasia de J.R.R. Tolkien, um dos maiores sucessos editoriais em língua inglesa em todos os tempos.
O filme "O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel" representa o primeiro terço da obra de Tolkien. As versões para as telas de "As Duas Torres" e "O Retorno do Rei", já filmadas, só serão lançadas em dezembro de 2002 e dezembro de 2003, respectivamente.
Essa divisão da história em três partes torna "A Sociedade do Anel" uma frustração para espectadores que não conhecem a obra de Tolkien, já que, após quase três horas, a fita termina sem que haja um desfecho para a trama.
Outro fator que enfraquece o filme de Jackson é consequência de sua excessiva fidelidade ao livro -o diretor fez poucas alterações na trama para manter a maioria das passagens importantes.
Esforço louvável, porém o resultado deixa a desejar. Nas telas, "A Sociedade do Anel" torna-se um amontoado de sequências de perseguição e batalha, e os personagens perdem relevo.
Exemplo dessa simplificação é Aragorn. No livro de Tolkien, o herdeiro do trono de Isuldur surge como figura muito mais obscura e misteriosa do que no filme, em que é, quase imediatamente, transformado em herói.
Razões como essas tornam "A Sociedade do Anel" uma aventura só recomendável para iniciados no universo de Tolkien -os que conhecem a história e sabem qual será o desenvolvimento da trama nos próximos filmes.
Para os novatos no assunto que quiserem evitar decepções, é melhor ler a obra antes ou aguardar que a saga completa saia em vídeo, o que só deve ocorrer depois de 2003.
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