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09/01/2002 - 03h53

Museus britânicos dobram número de visitantes

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MARCELO STAROBINAS
da Folha de S.Paulo, em Londres

O número de visitantes aos museus do Reino Unido dobrou com a adoção de entrada gratuita, a partir do final do ano passado. Dentre aqueles que cobravam ingressos e aderiram ao novo esquema criado pelo governo, o Victoria and Albert Museum, de Londres, foi o que teve maior aumento de público. Um total de 174.249 pessoas visitaram as suas galerias no mês passado, contra 42.623 em dezembro de 2000.

"Esses números mostram o sucesso espetacular que foi a abolição das taxas de admissão para as nossas grandes coleções nacionais", disse em comunicado a secretária da Cultura britânica, Tessa Jowell.

"A cobrança de entradas claramente restringia a visitação, principalmente para as famílias. Agora todos podem visitar, nem que seja para uma rápida olhada em seu objeto ou quadro favorito. Visitar um museu nacional, assim como um passeio no parque, é novamente um dos prazeres gratuitos da vida", acrescentou a secretária.

Outros museus de Londres que "extinguiram" as suas bilheterias são o Imperial War Museum, o National History Museum, o Science Museum e o National Maritime Museum.

Além deles, outras instituições do país passaram a oferecer entrada franca, entre elas o Royal Armouries, de Leeds, o Museum of Science and Industry, em Manchester, e o National Railway Museum, em York.

Para compensar a perda da arrecadação com ingressos, o governo do premiê trabalhista Tony Blair, que prometera museus grátis durante sua campanha eleitoral em 1997, começou a destinar verbas provenientes da arrecadação dos impostos sobre circulação de mercadorias (VAT) à manutenção de museus.

Para se ter uma idéia da diferença que a medida tem feito no bolso dos turistas estrangeiros e dos visitantes britânicos, até novembro de 2001 um adulto tinha de desembolsar cinco libras -cerca de R$ 20- para visitar o Victoria and Albert Museum, situado em South Kensington, bairro chique de Londres que reúne alguns dos principais museus da cidade.

A abertura de uma nova ala no Victoria and Albert, conhecida como as British Galleries, onde são exibidas vestimentas, cerâmica, prata, móveis, jóias, esculturas e pinturas de inestimável valor histórico, também ajudou a estimular o aumento no número de visitantes.

As estatísticas reveladas esta semana não levaram em conta o aumento na visitação registrado também em museus como National Gallery, National Portrait Gallery, Tate Modern, Tate Britain ou British Museum, que já não cobravam ingressos antes da entrada em vigor do novo esquema -alguns desses ainda cobram para a visitação de exposições especiais ou itinerantes, mas não para o acervo.

Embora fosse previsível um considerável aumento no movimento após a extinção da cobrança de ingressos, as autoridades britânicas comemoram os novos números como uma grande vitória, já que o turismo e a cena cultural viveram maus momentos no ano passado no Reino Unido, consequência de uma epidemia de febre aftosa e dos atentados de 11 de setembro.

 

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