Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/01/2002 - 16h47

Complexo Júlio Prestes abriga mostra de fotos de São Paulo

Publicidade

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
da Folha de S.Paulo

Começou com muita chuva e ao ar livre. No dia 15 de setembro do ano passado, o projeto Foto São Paulo, coordenado por Iatã Cannabrava e José Roberto Walker, deslanchava do lado de fora da Estação Júlio Prestes. O evento reuniu mais de 1.500 fotógrafos profissionais e amadores num fim de semana na cidade da garoa.

A partir de hoje, o Foto São Paulo ganha um teto para se proteger da chuva do lado de dentro da Júlio Prestes: a Estação das Artes.

"Na abertura do evento, a chuva me fez varar a noite sem dormir. Agora vou devolver o resultado das noites em claro para a comunidade", brinca Cannabrava.

Para ele, a demora -de quatro meses- em abrir a mostra estava na dificuldade de achar a fórmula para exibir 1.500 fotos. "Quisemos fazer algo que respeitasse o trabalho de todos e, ao mesmo tempo, fosse atraente."

As imagens foram, então, reorganizadas em painéis e divididas por grupos e temas. "Homogeneizamos as técnicas e ressaltamos as diferenças estéticas e de olhar."

A idéia central era retratar a cara da cidade, fazer um "arrastão fotográfico" por marcos históricos de São Paulo -como o Teatro Municipal, a Pinacoteca e o largo São Francisco- e por lugares menos vistos como cartões-postais -como o Minhocão e a Boca do Lixo. "Eu considero o projeto como um rito de passagem para as pessoas iniciarem uma ação de cidadania", diz Cannabrava.

Ao todo, foram 38 workshops liderados por profissionais, fora as participações individuais e as turmas espontâneas. Avani Stein, por exemplo, clicou o largo do Arouche, enquanto a jornada de Ed Viggiani investia na vida no Minhocão. Luis Alvarez, por sua vez, levou um grupo de 20 pessoas para invadir com câmeras os apartamentos do edifício Copan.

A Associação Desportiva para Deficientes (ADD) fez um percurso à parte, retratando as dificuldades de locomoção dos deficientes pelo centro histórico da capital.

Outros grupos espontâneos também tiveram idéias originais. Homens-caixa trouxeram um conceito de Boston (EUA) e adaptaram a técnica do pin-hole dentro de caixas de papelão. Praticantes de rapel se penduraram na torre da Júlio Prestes. "Dá para ver tudo de lá de cima, menos o relógio, porque fica muito em cima. Mas clicamos uma vista incrível", conta Ivan Santos Ribeiro, coordenador do grupo São Paulo nas Alturas.

FOTO SÃO PAULO
Onde: Estação das Artes no Complexo Júlio Prestes (pça. Júlio Prestes, s/nº)
Quando: hoje, às 20h30 (só para convidados); de seg. a sex., das 12h às 20h; sáb. e dom., das 10h às 18h (até 7 de fevereiro)
Quanto: gratuito
Informações: 0/xx/11/ 3337-5414

Leia mais notícias sobre os 448 anos de São Paulo
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página