Publicidade
Publicidade
24/01/2002
-
04h01
ALEXANDRA MORAES
da Folha de S.Paulo
Quando São Paulo completava 391 anos, em 1945, o crítico e artista Sérgio Milliet fundou a Seção de Arte da Biblioteca Municipal de São Paulo (atual biblioteca Mário de Andrade).
A partir de hoje, comemorando os 448 anos dessa cidade, os 80 anos da Semana de 22 e os 20 do Centro Cultural São Paulo, um pouco da história da Seção de Arte é recontada.
A exposição "Modernismo: Da Semana de 22 à Seção de Arte de Sérgio Milliet" apresenta, em dois espaços do Centro Cultural São Paulo, mais de 200 obras coletadas por Milliet entre 1943 e 1959, quando deixou a biblioteca. "Não havia nenhum acervo público de arte moderna no Brasil", afirma Estela Teixeira de Barros, curadora da exposição. "Ele começa a comprar Picasso, Léger, Marie Laurencin, Chagall, Matisse, a partir de 45, quando cria a Seção de Arte", continua.
Indo dos anos 10 aos 50, a mostra percorre dos primórdios modernistas no Brasil (pesquisas de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Bruno Giorgi) aos estudos abstracionistas (os começos de Mavigner, Lívio Abramo e Geraldo de Barros), sem enveredar pelo concretismo.
Até a Segunda Guerra Mundial, com a cultura brasileira se pautando principalmente pela francesa, o construtivismo russo, uma das principais fontes do concretismo, ainda não tinha sido incorporado. E, segundo a curadora, as compras param por volta de 1954, justamente quando o concretismo começa a tomar fôlego no país. Um dos principais méritos da exposição é realçar o valor sociológico, mesmo "heróico", dos modernistas no Brasil.
Apesar da irregularidade de sua produção, de poucos momentos de brilhantismo contrapostos a muitos de nível mediano, há um caráter de busca permanente por inovação, estudos e tentativas. Era uma turma que não se acomodava.
MODERNISMO: DA SEMANA DE 22 À SEÇÃO DE ARTE DE SÉRGIO MILLIET
Onde: Centro Cultural São Paulo - piso Caio Graco (r. Vergueiro, 1.000, tel. 0/xx/11/3277-3611)
Quando: Hoje, às 18h. Ter. a sex., das 10h às 19h; sáb. e dom., das 10h às 18h
Quanto: entrada franca
São Paulo celebra aniversário em tintas modernistas
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Quando São Paulo completava 391 anos, em 1945, o crítico e artista Sérgio Milliet fundou a Seção de Arte da Biblioteca Municipal de São Paulo (atual biblioteca Mário de Andrade).
A partir de hoje, comemorando os 448 anos dessa cidade, os 80 anos da Semana de 22 e os 20 do Centro Cultural São Paulo, um pouco da história da Seção de Arte é recontada.
A exposição "Modernismo: Da Semana de 22 à Seção de Arte de Sérgio Milliet" apresenta, em dois espaços do Centro Cultural São Paulo, mais de 200 obras coletadas por Milliet entre 1943 e 1959, quando deixou a biblioteca. "Não havia nenhum acervo público de arte moderna no Brasil", afirma Estela Teixeira de Barros, curadora da exposição. "Ele começa a comprar Picasso, Léger, Marie Laurencin, Chagall, Matisse, a partir de 45, quando cria a Seção de Arte", continua.
Indo dos anos 10 aos 50, a mostra percorre dos primórdios modernistas no Brasil (pesquisas de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Bruno Giorgi) aos estudos abstracionistas (os começos de Mavigner, Lívio Abramo e Geraldo de Barros), sem enveredar pelo concretismo.
Até a Segunda Guerra Mundial, com a cultura brasileira se pautando principalmente pela francesa, o construtivismo russo, uma das principais fontes do concretismo, ainda não tinha sido incorporado. E, segundo a curadora, as compras param por volta de 1954, justamente quando o concretismo começa a tomar fôlego no país. Um dos principais méritos da exposição é realçar o valor sociológico, mesmo "heróico", dos modernistas no Brasil.
Apesar da irregularidade de sua produção, de poucos momentos de brilhantismo contrapostos a muitos de nível mediano, há um caráter de busca permanente por inovação, estudos e tentativas. Era uma turma que não se acomodava.
MODERNISMO: DA SEMANA DE 22 À SEÇÃO DE ARTE DE SÉRGIO MILLIET
Onde: Centro Cultural São Paulo - piso Caio Graco (r. Vergueiro, 1.000, tel. 0/xx/11/3277-3611)
Quando: Hoje, às 18h. Ter. a sex., das 10h às 19h; sáb. e dom., das 10h às 18h
Quanto: entrada franca
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice