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26/01/2002
-
03h22
VALMIR SANTOS
free-lance para a Folha
Os dez anos do Festival de Teatro de Curitiba não terão uma edição efetivamente festiva. A cerca de dois meses da 11ª edição (21 a 31 de março), o diretor-geral Victor Aronis, 40, não tinha expectativa de comemoração. Até agora, a única menção aos dez anos é a mostra retrospectiva de fotos partindo da estréia do FTC, em 92.
Desde aquela data, o festival, organizado pela iniciativa privada -a empresa Calvin Entretenimento, que também cuida do Festival de Dança de Joinville-, se tornou um dos principais do gênero no país.
No momento, Aronis está mais preocupado em fechar a relação dos convidados para a Mostra de Teatro Contemporâneo (17 espetáculos) e confirmar os projetos aprovados para a Mostra Fringe (cerca de 200, 70 montagens a mais do que em 2001).
À Folha, Aronis adianta quatro das 17 peças da mostra principal -ele pretende divulgar a grade na próxima semana. São elas: "A Mãe Coragem", do alemão Bertolt Brecht, na encenação de Sérgio Ferrara, com Maria Alice Vergueiro. Segundo Aronis, a montagem "está praticamente certa".
Outra peça paulista é "Novas Diretrizes em Tempos de Paz", texto de Bosco Brasil com direção de Ariela Goldmann, em cartaz no teatro Ágora, com Jairo Mattos e Dan Stulbach.
Recife entra com "Churchi Blues", da Cia. de Teatro Seraphim. A partir do texto de João Silvério Trevisan, o objetivo da peça é investigar a crise de identidade cultural brasileira, sob direção de Antonio Cadengue.
Os gaúchos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz encenarão a peça de rua "A Saga de Canudos", sobre o movimento popular que culminou em guerra na Bahia (1897). A intenção é refletir sobre a reforma agrária e o embate entre Igreja e Estado.
O diretor-geral do FTC cogitou "Os Sertões", do grupo Oficina Uzyna Uzona, de José Celso Martinez Correa, mas a produção só deve estrear em maio, em São Paulo. Outro espetáculo cotado era "A Tempestade", de Shakespeare, pela Cia. XPTO, cuja estréia também foi postergada.
Desde a oitava edição, o quesito estréia não é mais o foco da Mostra de Teatro Contemporâneo. Aronis acredita que é um aspecto positivo. "A mescla de lançamentos e peças já exibidas reflete o amadurecimento do festival nesses dez anos", afirma.
Segundo a organização, a Mostra Fringe teve cerca de 200 inscritos, que pagarão R$ 50 ou R$ 30 (espaços não-convencionais) por apresentação, com direito a 80% da bilheteria. A projeção do orçamento do FTC para 2002 varia de R$ 1,5 milhão (como em 2001) a R$ 2 milhões.
Festival de Teatro de Curitiba faz dez anos sem comemoração
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free-lance para a Folha
Os dez anos do Festival de Teatro de Curitiba não terão uma edição efetivamente festiva. A cerca de dois meses da 11ª edição (21 a 31 de março), o diretor-geral Victor Aronis, 40, não tinha expectativa de comemoração. Até agora, a única menção aos dez anos é a mostra retrospectiva de fotos partindo da estréia do FTC, em 92.
Desde aquela data, o festival, organizado pela iniciativa privada -a empresa Calvin Entretenimento, que também cuida do Festival de Dança de Joinville-, se tornou um dos principais do gênero no país.
No momento, Aronis está mais preocupado em fechar a relação dos convidados para a Mostra de Teatro Contemporâneo (17 espetáculos) e confirmar os projetos aprovados para a Mostra Fringe (cerca de 200, 70 montagens a mais do que em 2001).
À Folha, Aronis adianta quatro das 17 peças da mostra principal -ele pretende divulgar a grade na próxima semana. São elas: "A Mãe Coragem", do alemão Bertolt Brecht, na encenação de Sérgio Ferrara, com Maria Alice Vergueiro. Segundo Aronis, a montagem "está praticamente certa".
Outra peça paulista é "Novas Diretrizes em Tempos de Paz", texto de Bosco Brasil com direção de Ariela Goldmann, em cartaz no teatro Ágora, com Jairo Mattos e Dan Stulbach.
Recife entra com "Churchi Blues", da Cia. de Teatro Seraphim. A partir do texto de João Silvério Trevisan, o objetivo da peça é investigar a crise de identidade cultural brasileira, sob direção de Antonio Cadengue.
Os gaúchos da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz encenarão a peça de rua "A Saga de Canudos", sobre o movimento popular que culminou em guerra na Bahia (1897). A intenção é refletir sobre a reforma agrária e o embate entre Igreja e Estado.
O diretor-geral do FTC cogitou "Os Sertões", do grupo Oficina Uzyna Uzona, de José Celso Martinez Correa, mas a produção só deve estrear em maio, em São Paulo. Outro espetáculo cotado era "A Tempestade", de Shakespeare, pela Cia. XPTO, cuja estréia também foi postergada.
Desde a oitava edição, o quesito estréia não é mais o foco da Mostra de Teatro Contemporâneo. Aronis acredita que é um aspecto positivo. "A mescla de lançamentos e peças já exibidas reflete o amadurecimento do festival nesses dez anos", afirma.
Segundo a organização, a Mostra Fringe teve cerca de 200 inscritos, que pagarão R$ 50 ou R$ 30 (espaços não-convencionais) por apresentação, com direito a 80% da bilheteria. A projeção do orçamento do FTC para 2002 varia de R$ 1,5 milhão (como em 2001) a R$ 2 milhões.
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