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04/02/2002
-
07h53
ERIKA PALOMINO
da Folha de S.Paulo
Reinaldo Lourenço e Lino Villaventura fizeram os dois mais importantes desfiles da sexta-feira, o último dia da São Paulo Fashion Week (leia balanço abaixo).
Em sintonia com os novos tempos da moda, Lino Villaventura vem suave como um entardecer, em seu desfile que quer ser metáfora para a transformação e a passagem do tempo, segundo o estilista.
Mais suave, mais calmo, Villaventura exercita-se com habilidade, em um momento em que a "tendência" bate à sua porta. É coisa que de quando em quando acontece com criadores autorais.
É o momento de Lino, não só porque seus trabalhos de nervuras, volumes, texturas e cores súbito ganha um aval global, mas porque de algumas coleções para cá, finalmente, ele alcançou aquele curioso status de unanimidade, passando de maldito ou marginal para querido, adorado.
Tanto melhor.
E que bom que esse momento é vivido com maturidade e serenidade. É assim que ele desfila suas mulheres, divas densas que controlam seus dramas desta vez em expressivas sobrancelhas e rosto branco tipo Nô -o máximo de teatralidade a que se permitem, na passarela, é um bom perfil.
Do início em negro, bem-construído, em silhuetas impecáveis, plissados e amarrados, passa-se para o trabalho dos arabescos, pincelando na parte mais incrível, a das estampas art-nouveau, que passa para o final mais esfuziante, ainda que contido, em gazar dourado no vestido sol em Marcelle.
Um inverno que dá continuidade às idéias de Reinaldo Lourenço começa bem o último dia da São Paulo Fashion Week.
O tema é utilitarismo misturado com romantismo, com approach urbano e moderno. As formas dos costumes renascentistas ganham versão terceiro milênio e embalagem avant-garde.
É um bonito desfile, que tem como principais pontos a construção dos looks, na sobreposição e jogos de texturas dos materiais.
Os apliques de plaquinhas em preto e no dourado conferem nobreza ao novo estilo de Reinaldo Lourenço, que pretende criar um novo operariado fashion, e os principais acertos estão nessas autorais idéias.
Favoritos: o macacão do início; as saias com fitinhas e fechos; os falsos capuzes e falsas alças de mochila; as mochilas em si; os bloomers; a camisolona azul plissada (momento fashion); as novas calças, fluidas e confortáveis; as bermudas; o look de capa em creme de Jeísa Chiminazzo; a trilha electro-industrial; o casting, o styling
Leia mais notícias sobre a SP Fashion Week
Lino Villaventura e Reinaldo Lourenço exercitam-se nas tendências
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da Folha de S.Paulo
Reinaldo Lourenço e Lino Villaventura fizeram os dois mais importantes desfiles da sexta-feira, o último dia da São Paulo Fashion Week (leia balanço abaixo).
Em sintonia com os novos tempos da moda, Lino Villaventura vem suave como um entardecer, em seu desfile que quer ser metáfora para a transformação e a passagem do tempo, segundo o estilista.
Mais suave, mais calmo, Villaventura exercita-se com habilidade, em um momento em que a "tendência" bate à sua porta. É coisa que de quando em quando acontece com criadores autorais.
É o momento de Lino, não só porque seus trabalhos de nervuras, volumes, texturas e cores súbito ganha um aval global, mas porque de algumas coleções para cá, finalmente, ele alcançou aquele curioso status de unanimidade, passando de maldito ou marginal para querido, adorado.
Tanto melhor.
E que bom que esse momento é vivido com maturidade e serenidade. É assim que ele desfila suas mulheres, divas densas que controlam seus dramas desta vez em expressivas sobrancelhas e rosto branco tipo Nô -o máximo de teatralidade a que se permitem, na passarela, é um bom perfil.
Do início em negro, bem-construído, em silhuetas impecáveis, plissados e amarrados, passa-se para o trabalho dos arabescos, pincelando na parte mais incrível, a das estampas art-nouveau, que passa para o final mais esfuziante, ainda que contido, em gazar dourado no vestido sol em Marcelle.
Um inverno que dá continuidade às idéias de Reinaldo Lourenço começa bem o último dia da São Paulo Fashion Week.
O tema é utilitarismo misturado com romantismo, com approach urbano e moderno. As formas dos costumes renascentistas ganham versão terceiro milênio e embalagem avant-garde.
É um bonito desfile, que tem como principais pontos a construção dos looks, na sobreposição e jogos de texturas dos materiais.
Os apliques de plaquinhas em preto e no dourado conferem nobreza ao novo estilo de Reinaldo Lourenço, que pretende criar um novo operariado fashion, e os principais acertos estão nessas autorais idéias.
Favoritos: o macacão do início; as saias com fitinhas e fechos; os falsos capuzes e falsas alças de mochila; as mochilas em si; os bloomers; a camisolona azul plissada (momento fashion); as novas calças, fluidas e confortáveis; as bermudas; o look de capa em creme de Jeísa Chiminazzo; a trilha electro-industrial; o casting, o styling
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