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20/02/2002
-
03h40
LEANDRO FORTINO
da Folha de S.Paulo
Quatro atores têm a privacidade invadida durante duas semanas. Atrás de uma vitrine, dia e noite, eles poderão ser observados. Quem quiser pode até se comunicar com eles, por mensagens escritas, mímicas e pela internet.
No inglês falado por esses atores há um sotaque que não parece nem americano nem britânico. Vem, na verdade, de um país bem mais longe e de cultura pouco conhecida no Brasil: a Austrália.
Com o objetivo de estreitar a distância cultural entre os dois países, começa no dia 7 de maio, em São Paulo, o 6º Cultura Inglesa Festival, que abre com a "reality performance" descrita acima, intitulada "Urban Dream Capsule", do ator e diretor Neil Thomas, de 96. Deverá ser montada ou no Sesc-Paulista ou no Sesc-Centro, endereços centrais.
Mas o sotaque não pára por aí. Ele aparece também no teatro, na música, nas artes plásticas, na gastronomia, na fotografia e no circo, ocupando espaços do teatro Alfa, do Centro Brasileiro Britânico, do teatro Cultura Inglesa de Pinheiros e até da Pinacoteca do Estado, além de viajar por filiais da Cultura Inglesa no interior do Estado de São Paulo.
"Quisemos focar o evento na temática social, na relação do branco com os aborígenes. A exposição de arte "Native Born", com trabalhos feitos por aborígenes, foi uma prioridade. Já passou por Hannover e Madri e, depois, deve ir a Nova York", diz Richard Stevens, diretor-executivo da Cultura Inglesa.
Serão exibidas quatro peças, duas delas dedicadas ao público infantil, que também terá dois espetáculos circenses para conferir (o australiano "Circus Oz" e o brasileiro "Babel", do grupo Circo Mímico, de Rodrigo Matheus).
"Face to Face" é o destaque no palco adulto. De David Williamson, a peça narra a história de dez pessoas em busca de soluções para seus problemas em um tribunal de pequenas causas. O espetáculo foi premiado no ano passado no Festival Internacional de Perth, no oeste da Austrália.
Para as crianças, "Bichos do Brasil e da Austrália", do grupo nacional Pia Fraus, promove o encontro das faunas dos dois países. O espetáculo foi adaptado especialmente para o evento e agora ornitorrincos e cangurus interagem com tuiuiús e jacarés (todos bonecos feitos a partir de materiais naturais).
A música (ou pelo menos o som) de uma cenoura é uma das surpresas que o festival oferece. O artista Linsey Pollak, que usará o legume para criar uma clarineta, fará duas apresentações com a performance "The Art of Food" (A Arte da Comida), na qual transforma alimentos em instrumentos musicais.
Cultura Inglesa ensina sotaque australiano em São Paulo
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da Folha de S.Paulo
Quatro atores têm a privacidade invadida durante duas semanas. Atrás de uma vitrine, dia e noite, eles poderão ser observados. Quem quiser pode até se comunicar com eles, por mensagens escritas, mímicas e pela internet.
No inglês falado por esses atores há um sotaque que não parece nem americano nem britânico. Vem, na verdade, de um país bem mais longe e de cultura pouco conhecida no Brasil: a Austrália.
Com o objetivo de estreitar a distância cultural entre os dois países, começa no dia 7 de maio, em São Paulo, o 6º Cultura Inglesa Festival, que abre com a "reality performance" descrita acima, intitulada "Urban Dream Capsule", do ator e diretor Neil Thomas, de 96. Deverá ser montada ou no Sesc-Paulista ou no Sesc-Centro, endereços centrais.
Mas o sotaque não pára por aí. Ele aparece também no teatro, na música, nas artes plásticas, na gastronomia, na fotografia e no circo, ocupando espaços do teatro Alfa, do Centro Brasileiro Britânico, do teatro Cultura Inglesa de Pinheiros e até da Pinacoteca do Estado, além de viajar por filiais da Cultura Inglesa no interior do Estado de São Paulo.
"Quisemos focar o evento na temática social, na relação do branco com os aborígenes. A exposição de arte "Native Born", com trabalhos feitos por aborígenes, foi uma prioridade. Já passou por Hannover e Madri e, depois, deve ir a Nova York", diz Richard Stevens, diretor-executivo da Cultura Inglesa.
Serão exibidas quatro peças, duas delas dedicadas ao público infantil, que também terá dois espetáculos circenses para conferir (o australiano "Circus Oz" e o brasileiro "Babel", do grupo Circo Mímico, de Rodrigo Matheus).
"Face to Face" é o destaque no palco adulto. De David Williamson, a peça narra a história de dez pessoas em busca de soluções para seus problemas em um tribunal de pequenas causas. O espetáculo foi premiado no ano passado no Festival Internacional de Perth, no oeste da Austrália.
Para as crianças, "Bichos do Brasil e da Austrália", do grupo nacional Pia Fraus, promove o encontro das faunas dos dois países. O espetáculo foi adaptado especialmente para o evento e agora ornitorrincos e cangurus interagem com tuiuiús e jacarés (todos bonecos feitos a partir de materiais naturais).
A música (ou pelo menos o som) de uma cenoura é uma das surpresas que o festival oferece. O artista Linsey Pollak, que usará o legume para criar uma clarineta, fará duas apresentações com a performance "The Art of Food" (A Arte da Comida), na qual transforma alimentos em instrumentos musicais.
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