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27/02/2002
-
05h38
da Folha de S. Paulo
Um dos homenageados do 44º Grammy, que será entregue hoje à noite em Los Angeles, não é uma pessoa, uma banda ou um gênero musical. Trata-se de um objeto cultuado há quatro décadas.
É o sintetizador Moog, primeira versão comercial do aparelho criado em 52 pela RCA (que levou o Nobel daquele ano). Quem recebe a estatueta é seu criador, o americano Robert Moog, 67.
São do engenheiro outros dois marcos na história da música: o Minimoog, primeiro sintetizador para o uso em palcos, e a popularização do Theremin, sem o qual boa parte das trilhas de filmes de terror e ficção não existiria.
O Minimoog dominou principalmente o rock progressivo. Um dos principais divulgadores da caixa de madeira e teclas que emitia sons monofônicos (uma nota por vez, sem a possibilidade de acordes) foi Keith Emerson, do Emerson, Lake & Palmer.
O engenheiro não tem mais os direitos de seu nome comercialmente, utilizado pela empresa Moog Music. Dirige atualmente a fábrica Big Briar, de instrumentos musicais, na cidade em que mora, Asheville, no Estado da Carolina do Norte. "Acho que não tenho tino comercial", disse.
A homenagem é a parte boa de um prêmio que chega aos 44 anos em crise e mais condescendente do que nunca. Em crise porque a indústria que representa passa por turbulências. E condescendente porque não há um equivalente em importância com tantas categorias.
O Grammy dá hoje 101 estatuetas, para aberrações como "melhor álbum de polca" e "melhor álbum de world music", ao qual o Brasil concorre. Em comparação, o Oscar tem 24 categorias, e o Tony, do teatro, apenas 21.
Já a crise roubou 4,7% do faturamento da indústria nos EUA em 2001 em relação ao ano anterior. Foram US$ 13,7 bilhões em vendas, ou 40 milhões de cópias, contra 60 milhões em 2000.
Os grande premiados da noite devem ser o ex-roqueiro-católico-transformado-em-possível-indicado-ao-Nobel-da-Paz Bono, e seu U2, e a pianista, cantora e revelação Alicia Keys, que tem metade do talento que imagina e o dobro da pretensão.
A cerimônia de entrega do Grammy será exibida no Brasil com exclusividade pelo canal pago Sony. A transmissão tem início às 22h, com som original -sem legendas ou tradução simultânea.
Na próxima quarta (dia 6), às 20h, vai ao ar uma rexibição legendada da atração. Não confirmada pelo canal até o encerramento desta edição, pode haver amanhã uma reexibição especial.
Outras informações estão disponíveis, em português, no "hot site" do Sony sobre o Grammy (www.canalsony.com.br/hotsites/grammy2002).
No ano passado, a cerimônia não foi televisionada no Brasil. Apenas alguns flashes e entrevistas com premiados entraram na programação de dois canais pagos -CNN em espanhol e E! Entertainment Television.
Os direitos de transmissão do Grammy pertencem à rede de TV americana CBS, responsável pela exibição nos EUA há 30 anos.
Grammy tem entre principais homenageados sintetizador Moog
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Um dos homenageados do 44º Grammy, que será entregue hoje à noite em Los Angeles, não é uma pessoa, uma banda ou um gênero musical. Trata-se de um objeto cultuado há quatro décadas.
É o sintetizador Moog, primeira versão comercial do aparelho criado em 52 pela RCA (que levou o Nobel daquele ano). Quem recebe a estatueta é seu criador, o americano Robert Moog, 67.
São do engenheiro outros dois marcos na história da música: o Minimoog, primeiro sintetizador para o uso em palcos, e a popularização do Theremin, sem o qual boa parte das trilhas de filmes de terror e ficção não existiria.
O Minimoog dominou principalmente o rock progressivo. Um dos principais divulgadores da caixa de madeira e teclas que emitia sons monofônicos (uma nota por vez, sem a possibilidade de acordes) foi Keith Emerson, do Emerson, Lake & Palmer.
O engenheiro não tem mais os direitos de seu nome comercialmente, utilizado pela empresa Moog Music. Dirige atualmente a fábrica Big Briar, de instrumentos musicais, na cidade em que mora, Asheville, no Estado da Carolina do Norte. "Acho que não tenho tino comercial", disse.
A homenagem é a parte boa de um prêmio que chega aos 44 anos em crise e mais condescendente do que nunca. Em crise porque a indústria que representa passa por turbulências. E condescendente porque não há um equivalente em importância com tantas categorias.
O Grammy dá hoje 101 estatuetas, para aberrações como "melhor álbum de polca" e "melhor álbum de world music", ao qual o Brasil concorre. Em comparação, o Oscar tem 24 categorias, e o Tony, do teatro, apenas 21.
Já a crise roubou 4,7% do faturamento da indústria nos EUA em 2001 em relação ao ano anterior. Foram US$ 13,7 bilhões em vendas, ou 40 milhões de cópias, contra 60 milhões em 2000.
Os grande premiados da noite devem ser o ex-roqueiro-católico-transformado-em-possível-indicado-ao-Nobel-da-Paz Bono, e seu U2, e a pianista, cantora e revelação Alicia Keys, que tem metade do talento que imagina e o dobro da pretensão.
A cerimônia de entrega do Grammy será exibida no Brasil com exclusividade pelo canal pago Sony. A transmissão tem início às 22h, com som original -sem legendas ou tradução simultânea.
Na próxima quarta (dia 6), às 20h, vai ao ar uma rexibição legendada da atração. Não confirmada pelo canal até o encerramento desta edição, pode haver amanhã uma reexibição especial.
Outras informações estão disponíveis, em português, no "hot site" do Sony sobre o Grammy (www.canalsony.com.br/hotsites/grammy2002).
No ano passado, a cerimônia não foi televisionada no Brasil. Apenas alguns flashes e entrevistas com premiados entraram na programação de dois canais pagos -CNN em espanhol e E! Entertainment Television.
Os direitos de transmissão do Grammy pertencem à rede de TV americana CBS, responsável pela exibição nos EUA há 30 anos.
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