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15/03/2002 - 05h08

Faithfull avança para a geração "tecnológica"

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JULIANO ZAPPIA
free-lance para a Folha, em Londres

Marianne Faithfull tem uma notícia boa e uma ruim. A boa é que, segundo ela, as drogas fazem parte do seu passado. A ruim é que o Brasil não está incluído no roteiro de sua nova turnê.

Musa dos anos 60, Faithfull foi dona de um rosto lindo, longos cabelos loiros e olhar inocente. Após curta carreira de sucesso, ela largou tudo para viver um intenso romance com Mick Jagger.

Só se recuperou artisticamente em 1979, com o clássico "Broken English". Aos 56 anos, Faithfull lança agora "Kissing Time", seu novo disco. Ela falou com a imprensa em entrevista coletiva, após show esgotado em Londres. Serena, simpática e bem-humorada, a cantora comentou seu novo trabalho, a possibilidade de voltar ao Brasil e seus próximos projetos.

Pergunta - Como nasceu o novo álbum?
Marianne Faithfull -
Tudo partiu de "Kissing Time" [uma colaboração com o Blur". Foi a primeira música que a gente escreveu.

Pergunta - Seu novo CD tem um apelo proposital para a geração mais nova...
Faithfull -
Eu não sei. Eu tenho muitos amigos jovens... Não foi algo programado. Não sentei e pensei: "Vou escrever um álbum para agradar a nova geração". Sou muito interessada no que anda acontecendo. Sempre fui. Em 1964, eu podia ver que ninguém sabia o que estava fazendo. A única idéia que tínhamos era de ir inventando e criando com o tempo. E agora, com essa nova tecnologia, gosto de poder estar sempre avançando artisticamente.

Pergunta - Você considera seu álbum mais relevante do que os novos de McCartney e Mick Jagger?
Faithfull -
Ah, eu nem penso sobre isso. Seria uma loucura. Devo ter passado por isso quando era mais jovem, mas tive que parar, senão teria me destruído. Nunca compita com os Beatles ou os Rolling Stones. Nem tente.

Pergunta - Mas você não acha que, agora, você está ganhando?
Faithfull -
Eu... bem... talvez (risos). Sim! Acho que sim. Mas eu transcendo a isso.

Pergunta - O próximo álbum vai ter colaborações com quem?
Faithfull -
A querida Polly [cantora P.J. Harvey], Billy [Corgan] e eu vamos trabalhar de novo.

Pergunta - A América do Sul está incluída na sua turnê mundial?
Faithfull -
Vou tocar em 20 festivais durante o verão. Em outubro começo uma excursão mundial que passa pela Austrália, Japão, EUA. Eu adoraria ir à América do Sul, mas essa turnê não é barata. Eu me diverti muito em São Paulo. Foram shows fantásticos! Mas eu uso bons músicos e eles custam caro. Desta vez a equipe é grande. Faz o seguinte: volte para São Paulo e peça para seus amigos fazerem uma "vaquinha" para levar, com estilo, Marianne Faithfull de volta à América do Sul.

Pergunta - E da música brasileira, você gosta de alguma coisa?
Faithfull -
Não sou uma boa conhecedora, mas gosto bastante de Milton Nascimento e daquele percussionista sensacional, o Naná Vasconcelos. Eu adoraria ir passar um Carnaval no Brasil. Só não sei se eu aguentaria.
 

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