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21/03/2002
-
11h25
da Folha de S. Paulo
A 25ª Bienal Internacional de São Paulo é inaugurada depois de amanhã para convidados e domingo para o público. Com dois anos de atraso, a mostra apresenta 190 artistas de 70 nacionalidades. Pela primeira vez, um curador estrangeiro, o alemão Alfons Hug, está à frente do evento.
Marcada por crises institucionais, que afastaram o primeiro curador escolhido, Ivo Mesquita, e provocaram a saída da Fundação Bienal de personalidades da cultura, como Milú Villela, a 25ª edição corre agora para recuperar o tempo e o prestígio perdidos.
"Iconografias Metropolitanas" é o tema da mostra, cuja melhor expressão é reunida em um núcleo que apresenta 55 artistas de 11 cidades reais e outros 12 numa 12ª cidade denominada "utópica". Assim, o caos das megalópoles invade o pavilhão Ciccillo Matarazzo, no parque Ibirapuera, em São Paulo, sede do evento.
"A metrópole é caótica, mas a exposição contém elementos muito poéticos; representamos não só a confusão das cidades, mas também a busca da harmonia e da pureza", afirma Hug.
A 25ª Bienal traz uma importante alteração nos moldes das últimas mostras. Foi extinto o núcleo histórico, que nos eventos passados expôs obras de mestres da pintura, como Van Gogh, Picasso e Magritte, considerados "iscas" para fisgar público. A medida não foi consensual dentro da instituição, mas é apoiada por críticos e curadores.
No lugar dos mestres do passado, foram selecionados nove artistas, considerados por Hug "os gênios do presente". Entre eles, os fotógrafos alemães Andreas Gursky e Thomas Ruff e os brasileiros Nelson Leirner, Carlos Fajardo e Karin Lambrecht.
O responsável pela seleção nacional é o curador Agnaldo Farias. Ele escolheu os brasileiros das salas especiais, os cinco artistas da cidade de SP e a representação do país, com 23 nomes.
Já a forma com mais tradição no evento, existente desde de sua criação em 51, a das representações nacionais, foi mantida e nesta edição apresenta 65 delegações.
Segundo Hug, "houve intenso diálogo com os curadores das representações nacionais, o que dará maior homogeneidade à mostra". Cerca de 40 artistas vieram conhecer o edifício de Oscar Niemeyer, sede da Bienal, para criar obras especialmente para o local.
Com as portas abertas, resta agora saber se valeu a espera. Com a palavra, o público.
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"A metrópole é caótica, mas a exposição contém elementos muito poéticos; representamos não só a confusão das cidades, mas também a busca da harmonia e da pureza", afirma Hug.
A 25ª Bienal traz uma importante alteração nos moldes das últimas mostras. Foi extinto o núcleo histórico, que nos eventos passados expôs obras de mestres da pintura, como Van Gogh, Picasso e Magritte, considerados "iscas" para fisgar público. A medida não foi consensual dentro da instituição, mas é apoiada por críticos e curadores.
No lugar dos mestres do passado, foram selecionados nove artistas, considerados por Hug "os gênios do presente". Entre eles, os fotógrafos alemães Andreas Gursky e Thomas Ruff e os brasileiros Nelson Leirner, Carlos Fajardo e Karin Lambrecht.
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Segundo Hug, "houve intenso diálogo com os curadores das representações nacionais, o que dará maior homogeneidade à mostra". Cerca de 40 artistas vieram conhecer o edifício de Oscar Niemeyer, sede da Bienal, para criar obras especialmente para o local.
Com as portas abertas, resta agora saber se valeu a espera. Com a palavra, o público.
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