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20/07/2000
-
21h21
MARCELO BARTOLOMEI
Coordenador de Ilustrada da Folha Online
"O Patriota", a mais nova produção do alemão Roland Emmerich em cartaz nos cinemas brasileiros, é um filmaço sem grandes novidades, mas que prende a atenção do espectador pela qualidade da produção e pelos elementos de humor e drama que se desenvolvem na história de Benjamin Martin (Mel Gibson).
Orçada em R$ 80 milhões, a produção esbanja o ufanismo norte-americano _marca já registrada de Emmerich, o mesmo de "Independence Day", e pode provocar ainda muito barulho na Inglaterra e na França com seus diálogos que podem parecer xenófobos.
Mel Gibson é um ex-herói de guerra que tenta se afastar da possibilidade de travar uma nova luta em 1776, na Carolina do Sul, quando já constitui uma família de sete filhos. "Se estão me perguntando se eu estaria disposto a lutar na guerra contra a Grã-Bretanha, a resposta é não. Já estive na guerra e não tenho nenhuma intenção de fazê-lo novamente. Minha esposa morreu. Tenho sete filhos. Quem olhará por eles se eu for à guerra?", diz Martin em seu discurso emocionado no Congresso de Charleston.
Apesar da resistência, depois de ter sua casa queimada e sua família ameaçada por causa da atuação nem um pouco correta do coronel inglês William Tavington (Jason Isaacs), Gibson aceita lutar e defender seu país com todo o patriotismo que lhe faz referência.
E com seu patriotismo exacerbado, consegue arrebatar centenas de "fiéis" para criar uma milícia e salvar os Estados norte-americanos do domínio inglês.
O filme, em alguns momentos, lembra "Coração Valente", quando Mel Gibson liderava um "exército" de homens que lutavam pela liberdade, com batalhas em campo que mostram cenas de violência, cabeças e pernas "voando" e muito sangue.
O estilo bem-humorado e os dramas familiares, além da excelente fotografia e da trilha sonora, colocados nesta obra por Emmerich dominam a maior parte do filme. As cenas de ação, no entanto, ficam para a segunda metade e para o final da história.
Destacam-se a atuação de Heath Ledger, que vive Gabriel Martin, o filho mais velho de Benjamin e um dos motivos para a sua entrada na luta armada, e da pequena Skye McCole Bartusiak (Susan Martin), que proporciona uma das melhores cenas de drama do filme. Destaca-se também a sutileza como é montado o personagem de Mel Gibson, que no início da trama tenta insistentemente construir uma cadeira de balanço, sem sucesso.
Se você assistiu a "O Gladiador" e gostou, vai achar "O Patriota" mais uma superprodução bem ao gosto norte-americano e de menor impacto. A história vivida por Russel Crowne empolga muito mais.
Veja galeria de fotos do filme
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"O Patriota" é filmaço ufanista sem grandes novidades
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Divulgação Mel Gibson em cena de "O Patriota" |
Coordenador de Ilustrada da Folha Online
"O Patriota", a mais nova produção do alemão Roland Emmerich em cartaz nos cinemas brasileiros, é um filmaço sem grandes novidades, mas que prende a atenção do espectador pela qualidade da produção e pelos elementos de humor e drama que se desenvolvem na história de Benjamin Martin (Mel Gibson).
Orçada em R$ 80 milhões, a produção esbanja o ufanismo norte-americano _marca já registrada de Emmerich, o mesmo de "Independence Day", e pode provocar ainda muito barulho na Inglaterra e na França com seus diálogos que podem parecer xenófobos.
Mel Gibson é um ex-herói de guerra que tenta se afastar da possibilidade de travar uma nova luta em 1776, na Carolina do Sul, quando já constitui uma família de sete filhos. "Se estão me perguntando se eu estaria disposto a lutar na guerra contra a Grã-Bretanha, a resposta é não. Já estive na guerra e não tenho nenhuma intenção de fazê-lo novamente. Minha esposa morreu. Tenho sete filhos. Quem olhará por eles se eu for à guerra?", diz Martin em seu discurso emocionado no Congresso de Charleston.
Apesar da resistência, depois de ter sua casa queimada e sua família ameaçada por causa da atuação nem um pouco correta do coronel inglês William Tavington (Jason Isaacs), Gibson aceita lutar e defender seu país com todo o patriotismo que lhe faz referência.
E com seu patriotismo exacerbado, consegue arrebatar centenas de "fiéis" para criar uma milícia e salvar os Estados norte-americanos do domínio inglês.
O filme, em alguns momentos, lembra "Coração Valente", quando Mel Gibson liderava um "exército" de homens que lutavam pela liberdade, com batalhas em campo que mostram cenas de violência, cabeças e pernas "voando" e muito sangue.
O estilo bem-humorado e os dramas familiares, além da excelente fotografia e da trilha sonora, colocados nesta obra por Emmerich dominam a maior parte do filme. As cenas de ação, no entanto, ficam para a segunda metade e para o final da história.
Destacam-se a atuação de Heath Ledger, que vive Gabriel Martin, o filho mais velho de Benjamin e um dos motivos para a sua entrada na luta armada, e da pequena Skye McCole Bartusiak (Susan Martin), que proporciona uma das melhores cenas de drama do filme. Destaca-se também a sutileza como é montado o personagem de Mel Gibson, que no início da trama tenta insistentemente construir uma cadeira de balanço, sem sucesso.
Se você assistiu a "O Gladiador" e gostou, vai achar "O Patriota" mais uma superprodução bem ao gosto norte-americano e de menor impacto. A história vivida por Russel Crowne empolga muito mais.
Veja galeria de fotos do filme
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