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21/07/2000
-
04h26
da Folha de S.Paulo
Emissora de São José dos Campos, cidade a 97 km da praça da Sé, centro da capital paulista, a Gospel FM (96,5 MHz) está sendo sintonizada na Grande São Paulo desde a semana passada.
A "mágica" está acontecendo porque o dono da FM, o ex-deputado federal Carlos Apolinário, instalou um retransmissor da rádio em Mogi das Cruzes, na região leste da Grande São Paulo.
A rigor, o retransmissor da Gospel em Mogi das Cruzes é como uma rádio pirata, porque a emissora não possui autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Apolinário tomou a decisão de instalar o retransmissor justamente para combater uma rádio pirata da zona leste de São Paulo, a Nova Pontual, que chega a interferir na área original da Gospel, em Jacareí.
"Não acho justo pagar todos os impostos e ter uma rádio pirata na minha frequência. Faz cinco anos que pedi para mudar o transmissor para Mogi e até hoje o processo está parado na Anatel. Tive que me valer de uma coisa que não é correta para fazer valer aquilo que é correto", diz Apolinário, que aluga a Gospel para a Igreja Universal do Reino de Deus, tem um programa diário na Musical FM (105,7 MHz) e é candidato a vereador de São Paulo pelo PMDB.
O caso da Gospel FM é o mais recente das chamadas "rádios que andam". Hoje, é possível sintonizar na cidade de São Paulo 35 FMs, mas apenas 15 delas possuem concessões na cidade.
São sintonizadas hoje na Grande São Paulo, por exemplo, FMs de Itanhaém (litoral, em 90,9 MHz) e de Itatiba (a 100 km de SP, em 98,1 MHz).
O movimento das rádios que andam começou nos anos 80. Primeiro, foram emissoras de cidades vizinhas a São Paulo que se mudaram para a avenida Paulista. Hoje, FMs com concessão em Jundiaí e e Arujá estão instaladas na Paulista.
Esse tipo de operação não é ilegal, desde que a emissora continue sendo sintonizada na cidade em que tem a concessão. Quem perde são as comunidades das cidades originais dessas concessões e as próprias emissoras, que disputam o mesmo mercado publicitário.
(DANIEL CASTRO)
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FM de São José invade a Grande São Paulo
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Emissora de São José dos Campos, cidade a 97 km da praça da Sé, centro da capital paulista, a Gospel FM (96,5 MHz) está sendo sintonizada na Grande São Paulo desde a semana passada.
A "mágica" está acontecendo porque o dono da FM, o ex-deputado federal Carlos Apolinário, instalou um retransmissor da rádio em Mogi das Cruzes, na região leste da Grande São Paulo.
A rigor, o retransmissor da Gospel em Mogi das Cruzes é como uma rádio pirata, porque a emissora não possui autorização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Apolinário tomou a decisão de instalar o retransmissor justamente para combater uma rádio pirata da zona leste de São Paulo, a Nova Pontual, que chega a interferir na área original da Gospel, em Jacareí.
"Não acho justo pagar todos os impostos e ter uma rádio pirata na minha frequência. Faz cinco anos que pedi para mudar o transmissor para Mogi e até hoje o processo está parado na Anatel. Tive que me valer de uma coisa que não é correta para fazer valer aquilo que é correto", diz Apolinário, que aluga a Gospel para a Igreja Universal do Reino de Deus, tem um programa diário na Musical FM (105,7 MHz) e é candidato a vereador de São Paulo pelo PMDB.
O caso da Gospel FM é o mais recente das chamadas "rádios que andam". Hoje, é possível sintonizar na cidade de São Paulo 35 FMs, mas apenas 15 delas possuem concessões na cidade.
São sintonizadas hoje na Grande São Paulo, por exemplo, FMs de Itanhaém (litoral, em 90,9 MHz) e de Itatiba (a 100 km de SP, em 98,1 MHz).
O movimento das rádios que andam começou nos anos 80. Primeiro, foram emissoras de cidades vizinhas a São Paulo que se mudaram para a avenida Paulista. Hoje, FMs com concessão em Jundiaí e e Arujá estão instaladas na Paulista.
Esse tipo de operação não é ilegal, desde que a emissora continue sendo sintonizada na cidade em que tem a concessão. Quem perde são as comunidades das cidades originais dessas concessões e as próprias emissoras, que disputam o mesmo mercado publicitário.
(DANIEL CASTRO)
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