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29/03/2002
-
18h55
da EFE, em Viena
A Áustria, país de origem do cineasta Billy Wilder, amanheceu hoje, sexta-feira, triste pela notícia de sua morte ontem à noite em Los Angeles. Em Viena, onde ele viveu em sua juventude, a Prefeitura hasteou uma bandeira negra em sinal de luto.
Do presidente da Áustria, Thomas Klestil, ao chanceler (primeiro-ministro) e líder democrata-cristão, Wolfgang Schuessel, até o prefeito de Viena, Michael Hauepl, entre outras muitas personalidades de diversos setores, lamentam hoje a perda de Wilder.
"Com grande dor Viena se despede de Billy Wilder. A cidade na qual passou sua juventude deve se considerar afortunada pois ele que em 1933 emigrou para os EUA mostrou, em seus últimos anos, muito interesse e carinho pela cidade de sua juventude", assinalou Hauepl.
O prefeito lembrou que Wilder recebeu a "Cidadania Honorária" de Viena no ano passado "em agradecimento a sua vida exemplar, sua obra inigualável de artista de cinema e cosmopolita".
O cineasta, cujo nome real era Samuel Wilder, chegou em 1914, aos 12 anos, a Viena de sua cidade natal, Sucha Beskidzka, perto da Cracóvia, então parte do império austro-húngaro dos Habsburgo e hoje pertencente à Polônia.
Wilder começou a estudar direito, mas após três meses abandonou a universidade de Viena para trabalhar duramente em um jornal, o que ele mesmo ilustrou com uma anedota:
Em um só dia teve que entrevistar o compositor alemão Richard Strauss, o dramaturgo austríaco Arthur Schnitzler e seu compatriota Alfred Adler, o qual, ao lado de seu criador, o também austríaco Sigmund Freud, era uma das duas figuras principais da psicanálise.
Foi uma entrevista com o inventor do jazz sinfônico, Paul Whiteman, que o obrigou a viajar a Berlim em 1926, onde se instalou e onde depois de vários filmes de vanguarda foi contratado pelos estúdio alemão da Uefa, no que parecia ser o começo de uma brilhante carreira até que a chegada ao poder do nacional-socialismo, que o obrigou a ir para o exílio.
A televisão estatal austríaca, ORF, mudou sua programação de amanhã até a próxima segunda-feira de Páscua para passar filmes sobre Wilder e outros realizados por ele.
Com a morte de Wilder, 'acaba oficialmente o século 20', escreve o jornal austríaco "Kurier".
Bandeira negra simboliza dor de Viena por morte de Billy Wilder
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A Áustria, país de origem do cineasta Billy Wilder, amanheceu hoje, sexta-feira, triste pela notícia de sua morte ontem à noite em Los Angeles. Em Viena, onde ele viveu em sua juventude, a Prefeitura hasteou uma bandeira negra em sinal de luto.
Do presidente da Áustria, Thomas Klestil, ao chanceler (primeiro-ministro) e líder democrata-cristão, Wolfgang Schuessel, até o prefeito de Viena, Michael Hauepl, entre outras muitas personalidades de diversos setores, lamentam hoje a perda de Wilder.
"Com grande dor Viena se despede de Billy Wilder. A cidade na qual passou sua juventude deve se considerar afortunada pois ele que em 1933 emigrou para os EUA mostrou, em seus últimos anos, muito interesse e carinho pela cidade de sua juventude", assinalou Hauepl.
O prefeito lembrou que Wilder recebeu a "Cidadania Honorária" de Viena no ano passado "em agradecimento a sua vida exemplar, sua obra inigualável de artista de cinema e cosmopolita".
O cineasta, cujo nome real era Samuel Wilder, chegou em 1914, aos 12 anos, a Viena de sua cidade natal, Sucha Beskidzka, perto da Cracóvia, então parte do império austro-húngaro dos Habsburgo e hoje pertencente à Polônia.
Wilder começou a estudar direito, mas após três meses abandonou a universidade de Viena para trabalhar duramente em um jornal, o que ele mesmo ilustrou com uma anedota:
Em um só dia teve que entrevistar o compositor alemão Richard Strauss, o dramaturgo austríaco Arthur Schnitzler e seu compatriota Alfred Adler, o qual, ao lado de seu criador, o também austríaco Sigmund Freud, era uma das duas figuras principais da psicanálise.
Foi uma entrevista com o inventor do jazz sinfônico, Paul Whiteman, que o obrigou a viajar a Berlim em 1926, onde se instalou e onde depois de vários filmes de vanguarda foi contratado pelos estúdio alemão da Uefa, no que parecia ser o começo de uma brilhante carreira até que a chegada ao poder do nacional-socialismo, que o obrigou a ir para o exílio.
A televisão estatal austríaca, ORF, mudou sua programação de amanhã até a próxima segunda-feira de Páscua para passar filmes sobre Wilder e outros realizados por ele.
Com a morte de Wilder, 'acaba oficialmente o século 20', escreve o jornal austríaco "Kurier".
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