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01/04/2002 - 17h30

Abril Pro Rock e Skol Beats reúnem mais de 80 atrações

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GUILHERME WERNECK
da Folha de S.Paulo

Pode preparar o seu bolso porque abril é mês de muita música. A partir do dia 19, mais de 80 atrações vão desfilar em palcos e tendas montados no Recife e em São Paulo. As duas cidades abrigam o Abril Pro Rock, festival mais indie do Brasil, que chega à décima edição.

Apenas em São Paulo acontece o Skol Beats, maior evento de música eletrônica do país.

Como nos últimos dois anos, o Abril Pro Rock mistura atrações internacionais de peso, nomões da música brasileira e bandas independentes.

Entre os gringos, os destaques do festival são os ingleses do Charlatans e do The Mission e o americano Stephen Malkmus, ex-líder do Pavement.
Fazendo um pop com os dois pés na soul music, o Charlatans estourou nos anos 90 e tem uma trajetória cheia de altos e baixos.

Para a nossa sorte, agora eles estão em alta, o disco mais recente da banda, "Wonderland", é um dos melhores lançamentos pop do ano passado.
O Mission já é velho conhecido.

Seu hit "Severina" tocou até em novela nos anos 80, e a banda se apresentou por aqui em 88 e em 2000. Mesmo sem atrair muito a atenção durante os anos 90, a banda continua fiel ao rock sombrio.

Já o americano Stephen Malkmus é o oposto. O som "low fi" de sua ex-banda, o Pavement, é trilha sonora obrigatória de quem esteve conectado ao que de melhor se fez nos anos 90. No Brasil, Malkmus mostrará músicas de seu primeiro disco solo, lançado no ano passado.

Entre os famosos brasileiros, impera o ecletismo. Os destaques são os mineiros do Sepultura e do Pato Fu, Tom Zé, os pernambucanos do Mundo Livre S/A e o Rodox, nova banda de Rodolfo, ex-Raimundos.

Maior expoente do metal brasileiro, o Sepultura quase dispensa apresentações. De embaixadores do thrash metal nos anos 80 e 90, a banda passou por uma reformulação com a saída do guitarrista e vocalista Max Cavalera, em 1996.

Foi reestruturada em 1998, ganhou um vocalista gringo, Derrick Green, mas perdeu uma guitarra, o que, para muitos fãs, foi irreparável. Mesmo assim, o show do Recife não deve decepcionar os fanáticos por uma boa barulheira.

Quem prefere uma banda pop que gosta de inventar belas melodias não pode perder o Pato Fu, uma reencarnação dos Mutantes nos anos 90.

O Recife ganha destaque com o Mundo Livre S/A. A banda de Fred 04 é hoje a principal representante da mistura vencedora do mangue beat, ao lado da remoçada Nação Zumbi.

Do Nordeste também vem o veterano Tom Zé. Voz mais instigante do Tropicalismo, ele é o único de seus pares a ainda apresentar uma música criativa.

Redescoberto por David Byrne, ex-Talking Heads, Tom Zé gravou ótimos discos nos últimos anos e levará seu inconformismo inato aos palcos do Recife.

Entre os grandes, a maior incógnita é o Rodox, banda do cristão novo Rodolfo. Pode até ser legal, mas Deus pode não combinar muito com hardcore.
 

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