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07/04/2002 - 09h04

Caricatura faz povo rir ao mesmo tempo que reforça o preconceito

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da Folha de S.Paulo

Em nome do humor, a caricatura faz o povo rir ao mesmo tempo que reforça o preconceito. "Nos anos 80, os personagens Capitão Gay e Dora Doralice, de Jô Soares, apesar de estereotipados, não eram ofensivos porque eram super-heróis, diz o professor Luiz Mott. "Mas, hoje em dia, Vera Verão ["A Praça É Nossa", SBT" e Pitbicha ["Zorra Total", Globo" perpetuam a bicha louca, misógina e tirana", completa.

Jorge Lafond, intérprete de Vera Verão, se defende dizendo ser amado "pelas senhoras da terceira idade e pelas crianças". E Tom Cavalcanti, o Pitbicha, se diz "contra o preconceito e a favor do bom humor".

Apesar de Alfredinho, vivido por Lucio Mauro Filho, também em "Zorra Total", ter a simpatia de muitos gays, o bordão "Onde foi que eu errei?", dito por Jorge Dória, que interpreta o pai machão, é visto como afirmação de que a homossexualidade é um erro.

Para a editora Laura Bacelar, Tonhão, o inesquecível personagem de Cláudia Raia em "TV Pirata", também da década de 80, "é tão caricato quanto o Pitbicha. Este tipo é minoria. Lésbica bonita e bem resolvida é que apavora", diz.

Para Jorge Lafond, que é a favor da caricatura,"esses gays que questionam muito querem ver homossexuais no papel de Jade e Said, com direito a beijo na boca. Isso não dá!".


 

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