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08/04/2002 - 20h15

Autores de países em conflito estão na Bienal do Livro em SP

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

Assim como o espaço físico da Bienal do Livro de São Paulo, o número de atividades na feira também cresceu. Na 17ª edição (de 25 de abril a 5 de maio), o evento terá, além do Salão de Idéias (espaço aberto ao público para conversas com os autores), o Salão da Travessa Literária, criado especialmente para escritores de literatura brasileira contemporânea.

Para as crianças, além dos encontros com escritores como Pedro Bandeira e Ziraldo, haverá atividades em homenagem aos 120 anos de Monteiro Lobato.

Os encontros do público com os autores deverão durar, ao todo, 120 horas. Serão 109 escritores nacionais e 12 estrangeiros.

No Salão de Idéias, que tem como enfoque o autor, a programação traz eventos nas áreas de literatura, jornalismo, economia, gastronomia, psicologia, história e religião. Entre os convidados que fazem parte deste evento, o destaque é o francês Jean Baudrillard, que falará sobre sua obra mais recente, "A Troca Impossível".

Outro destaque da Bienal deverá ser o escritor inglês de origem paquistanesa Tariq Ali, que nos últimos meses escreveu vários ensaios sobre os atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos e apresentará o seu "A Mulher de Pedra".

Os acontecimentos de 11 de setembro, apesar de não serem o tema de nenhuma das mesas, deverá aparecer também no encontro com o afegão Atiq Rahimi, que vem ao Brasil para lançar o livro "Terra e Cinzas".

Já o conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos deverá surgir na conversa com a historiadora inglesa Karen Armstrong, que publicou um livro sobre a história de Jerusalém e que vai lançar na Bienal uma biografia do profeta Maomé (570-632).

Entre os 12 autores estrangeiros convidados para a Bienal também estarão presentes os franceses France Hirigoyen e Roger Chartier, o espanhol Juan Luis Cebrián, o italiano Andrea de Carlo e a iraniana Gina B. Nahai.

Aparentemente diversa, a lista de convidados estrangeiros deixou totalmente de fora a África e países de língua portuguesa. Raul Wassermann atribui a ausência à falta de interesse das próprias editoras, já que são elas que indicam tais convidados, e disse que, em anos anteriores escritores africanos fizeram parte do evento.

Entre os escritores nacionais que estão na programação do Salão de Idéias estão Lygia Fagundes Telles, Carlos Heitor Cony, Leonardo Boff, Amyr Klink, Ziraldo, Ruth Rocha, Eduardo Bueno, Zélia Gattai, Paulo e Chico Caruso, Moacyr Scliar, Domenico De Masi e João Ubaldo Ribeiro.

Aos sábados, domingos e feriados, o Salão de Idéias apresenta "O Livro Fora da Página", série de atividades lúdicas baseadas em livros de diversas áreas que se caracteriza por "representar" uma obra fora da linguagem escrita.

Entre os escritores brasileiros contemporâneos que farão parte do Salão da Travessa estão Marcelo Rubens Paiva, Marilene Felinto, Ana Miranda, Fernando Bonassi, Marcelo Coelho, Patrícia Melo, José Roberto Torero, Augusto Massi, Luiz Ruffato, Paulo Lins e Toni Bellotto.

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