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27/04/2002
-
04h57
da Folha de S.Paulo
No primeiro debate do ano, a série "Diálogos Impertinentes" discutiu "A Fama" e, sobretudo, o seu significado no contexto atual, com a invasão de "reality shows" na TV brasileira (dois deles, por sinal, estreando hoje).
Na próxima segunda-feira, o tema será "O Futebol" e terá a presença do ex-jogador Afonsinho e do antropólogo Luiz Henrique de Toledo (mais informações pelo tel. 0/xx/11/3224-3473).
No último evento, os debatedores foram Muniz Sodré, professor do departamento de comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e o músico Lobão.
A mediação foi do professor do departamento de teologia e ciências da religião da PUC-SP Mario Sergio Cortella e do repórter especial da Folha Plínio Fraga.
Muniz Sodré explicou que o conceito de fama sofreu uma grande modificação com o passar dos tempos. "Na Grécia Antiga, os mais velhos tinham fama à medida que acumulavam anos de reconhecimento público. Hoje, quando seu valor é menor em relação aos jovens, a fama é do indivíduo privado que se torna público", disse o professor.
Para Lobão, no contexto artístico, essa regra acaba funcionando como censura. "É uma maneira pela qual as pessoas dizem "cala a boca, você não é nada" se você não se expõe na mídia."
O cantor também diz que atualmente "há uma ânsia do privado em ser público independentemente de seu mérito ou trajetória". O professor da UFRJ afirma que houve uma inversão de valores: "Até há pouco tempo, se comentava de alguém quando este era bom. Hoje em dia alguém é bom porque se comenta dele".
Série debate a fama e seu contexto atual
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No primeiro debate do ano, a série "Diálogos Impertinentes" discutiu "A Fama" e, sobretudo, o seu significado no contexto atual, com a invasão de "reality shows" na TV brasileira (dois deles, por sinal, estreando hoje).
Na próxima segunda-feira, o tema será "O Futebol" e terá a presença do ex-jogador Afonsinho e do antropólogo Luiz Henrique de Toledo (mais informações pelo tel. 0/xx/11/3224-3473).
No último evento, os debatedores foram Muniz Sodré, professor do departamento de comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e o músico Lobão.
A mediação foi do professor do departamento de teologia e ciências da religião da PUC-SP Mario Sergio Cortella e do repórter especial da Folha Plínio Fraga.
Muniz Sodré explicou que o conceito de fama sofreu uma grande modificação com o passar dos tempos. "Na Grécia Antiga, os mais velhos tinham fama à medida que acumulavam anos de reconhecimento público. Hoje, quando seu valor é menor em relação aos jovens, a fama é do indivíduo privado que se torna público", disse o professor.
Para Lobão, no contexto artístico, essa regra acaba funcionando como censura. "É uma maneira pela qual as pessoas dizem "cala a boca, você não é nada" se você não se expõe na mídia."
O cantor também diz que atualmente "há uma ânsia do privado em ser público independentemente de seu mérito ou trajetória". O professor da UFRJ afirma que houve uma inversão de valores: "Até há pouco tempo, se comentava de alguém quando este era bom. Hoje em dia alguém é bom porque se comenta dele".
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