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06/05/2002 - 10h58

Nelly Furtado, premiada com um Grammy, faz show hoje em SP

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GUILHERME WERNECK
da Folha de S.Paulo

Num artigo para a revista "New Yorker", o escritor Nick Hornby, de "Alta Fidelidade", disse que algumas vezes no ano ele grava uma fita para tocar no carro. Uma fita cheia de canções que ele foi amando nos meses que antecederam a gravação. Uma das músicas citadas por ele é "I'm Like a Bird", da Nelly Furtado.

"Sempre serei grato a Nelly Furtado por criar em mim esse narcótico efeito de me fazer ouvir sua canção repetidamente", escreveu.

Nelly, 23, nem sabe direito quem é Nick Hornby, mas não se surpreendeu com o fato de ter arrebatado os ouvidos do escritor. "'I'm Like a Bird" é uma canção muito popular. É uma canção simples que escrevi com violão e voz e agrada a crianças e a pessoas mais velhas, de 20 e poucos anos", diz a canadense de ascendência portuguesa que ganhou o Grammy de melhor performance feminina neste ano e se apresenta hoje à noite no DirecTV Music Hall.

Nelly diz que mostrará aos brasileiros as músicas de seu disco de estréia, "Whoa, Nelly!", mas que o show será mais vivo e terá mais energia que o disco. "Estou muito influenciada pela música brasileira, pelo samba e por outros ritmos e isso também aparecerá", disse a cantora por telefone, do México.

Entre os brasileiros que fazem a cabeça da garota estão Tom Jobim, Tom Zé, Milton Nascimento, Martinho da Vila e Caetano Veloso. "Adoro "Tropicália" e gostaria de fazer uma gravação com algum grande nome da música brasileira. Na verdade, queria cantar com o Caetano", diz Nelly, que já fez até aulas de capoeira no Canadá.

Essa ligação com o Brasil pode ser explicada pela ascendência da cantora. Filha de imigrantes portugueses, quando criança, Nelly só gostava de fados e de canções folclóricas de Portugal. Uma amostra disso é a bela "Onde Estás".

Segundo Nelly, a música está em seu sangue. "Aos oito anos, cantava na igreja com minha mãe. Meu avô era maestro de um banda e tocava todo tipo de instrumentos: trombone, trompete, clarineta e corneta... Meu bisavô também era compositor", conta.

Mas, na adolescência, depois de aprender a tocar trombone, violão e cavaquinho, a preferência de Nelly se voltou para o rhythm & blues e para o hip hop.

Suas primeiras apresentações foram com a banda de hip hop Nelstar, aos 16 anos. Mais tarde, por influência de seu irmão, começou a ouvir o rock britânico de bandas como Pulp e Radiohead.

Esse caldo eclético de influências desembocou num pop gostoso, muitas vezes romântico. "Quem não gosta de amor?", diz a bela cantora, que confessou estar sem namorado e acha mais difícil ter um relacionamento depois da fama. "A mídia quer saber de tudo. Se eu arrumar um amor, será escondido", diz. Quem quiser tentar, é só conferir o show de hoje à noite.

NELLY FURTADO
Quando: hoje, às 21h30
Onde: DirecTV Music Hall
Quanto: de R$ 30 (pista) a R$ 50 (camarote); meia-entrada de R$ 20 (pista) a R$ 40 (camarote)
Censura: 14 anos
 

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