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17/05/2002 - 02h50

Teatro Oficina, em São Paulo, recebe "As Fenícias", de Eurípedes

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JEFFERSON DE LIMA
do Guia da Folha

Pirofagia, atores pendurados por tecidos suspensos no ar e um texto do grego Eurípedes escrito por volta de 410 a.C.. Pintando a tragédia grega nas cores dos espetáculos de rua, o diretor Caco Coelho mostra, a partir da meia-noite de hoje (dia 17), "As Fenícias" no palco-pista do Oficina.

Apresentado por dois meses no pátio do Museu da República, no Rio, o espetáculo explora os desdobramentos da maldição que devastou a casa do rei de Tebas, Édipo (vivido pelo ator convidado Edi Botelho), depois que este, por golpe dos deuses, matou o pai e teve quatro filhos com a própria mãe (Jocasta, interpretada pela também convidada Giulia Gam).

Em Eurípedes, a história tem início quando Édipo, já conhecedor de seu infortúnio, é encarcerado em seu palácio por seus filhos homens, Etéocles e Polinices, como forma de sepultamento do passado.

Cego e tomado de cólera, Édipo pragueja que os filhos disputarão o trono até a morte de ambos. "É a guerra de irmão contra irmão, de tristeza contra tristeza. Estamos falando das sociedades de hoje", diz Coelho, 40, um dos mentores, ao lado de Antonio Abujamra, do grupo Os Fodidos e Privilegiados nos anos 90. Para o palco agora o diretor traz os dez atores de seu atual Circo de Estudos Dramáticos.

"Falamos de ciúme, ambição, poder, mas é um espetáculo bastante sensorial. Abrange todo o tipo de público", resume Giulia Gam. Uma banda de percussão, que toca instrumentos de sucata, faz a trilha para a série de desditas na casa de Édipo.

AS FENÍCIAS
Onde: teatro Oficina (r. Jaceguai, 520, Bela Vista, São Paulo).
Quando: Sex.: 0h. Sáb.: 18h e 21h. Dom.: 18h. Até 26/5.
Quanto: R$ 10.
Informações: tel. 0/xx/11/3106-2818
 

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