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21/05/2002 - 19h18

"Sweet Sixteen" mostra em Cannes os dramas da adolescência

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da France Presse, em Cannes

A adolescência é dolorosa, ainda mais quando se tem 15 anos em uma cidade devastada pela crise industrial e a mãe está presa. Ken Loach prossegue seu trabalho de cineasta perscrutador da socidade mostrando em Cannes uma descrição da "idade proibida" na Escócia dos dias de hoje, em "Sweet Sixteen".

Com o filme, apresentado hoje em competição, o cineasta britânico participa pela nona vez no Festival de Cannes, onde suas obras ganharam duas vezes o Prêmio do Juri ("Hidden Agenda" e "Raining Stones") e um prêmio de interpretação ("My Name is Joe").

A história se passa em Greenock, Liam é um adolescente que logo completará 16 anos, sua mãe está na prisão, e ele espera por sua saída impacientemente, na esperança de começar com ela uma vida nova.

Seu círculo afetivo está reduzido a essa mãe, sua irmã, que é mãe solteira e foi criada em orfanatos, e um amigo, quase irmão, que compartilhou sua infância.

Pobreza e desesperança acompanham essa difícil busca de si mesmo que é a adolescência, que se torna insuperável quando nada se tem e é preciso ganhar a vida sozinho.

Cineasta comprometido, o autor de "Terra e liberdade" conduz sua narração em um momento da história e um contexto social preciso, e o retrato amargo desses adolescentes e a crônica psicológica da busca da felicidade impossível e uma denúncia da sociedade britânica de hoje e das condições alarmantes em que vivem seus jovens, marginalizados pela crise industrial que deixou sem trabalho seus pais.

"Os jovens têm a impressão de ter sido enganados. A vida deveria dar-lhes algo mais", declarou Ken Loach na coletiva de imprensa que se segiu à apresentação de seu filme.
 

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