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22/05/2002 - 03h23

"Casa 2" atesta a ressaca das segundas edições

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RODRIGO DIONISIO
da Folha de S. Paulo

Mais do que demonstrar um possível fracasso do SBT, a final de "Casa dos Artistas 2", no domingo passado, confirma "síndrome" que atinge as segundas versões dos "reality shows".

A atração da emissora de Silvio Santos registrou ibope decrescente a cada domingo, dia-chave da produção. Teve em seu último capítulo média inferior ao do primeiro programa da segunda versão.

Fato semelhante havia ocorrido com "No Limite", da Globo, cujas segunda e terceira versões registraram ibopes inferiores à primeira. "Big Brother Brasil 2" marcou na estréia 20 pontos a menos do que o início do primeiro.

Para o sociólogo e professor da USP (Universidade de São Paulo) Laurindo Leal Filho, a explicação é "óbvia". "Esses programas deixam de ser novidade muito depressa por terem fórmula pobre."

Já patrocinar "reality shows" parece se manter como um bom negócio. O SBT afirma até que parte da queda de audiência de "Casa 2" foi causada pelo número maior de intervalos comerciais.

"As TVs testam de tudo. O que não dá certo é descartado. O mercado publicitário é caudatário desse processo, às vezes um ou outro anunciante "saca" a coisa antes, como a Fiat [patrocinadora de "Casa" e "BBB",] e se dá bem", afirma Daniel Barbará, diretor comercial da agência DPZ.

Ainda assim, outra semelhança entre os diversos "reality shows" tem sido a diminuição do quanto é cobrado pelos anúncios.

"A redução dos valores tem demonstrado que a proporção custo e benefício precisa ser mantida. Em razão da menor audiência projetada, é necessário diminuir o valor dos patrocínios", diz o consultor Antonio Rosa Neto.

Segundo o diretor de programação do SBT, Mauro Lissoni, "Casa 2" "foi altamente rentável". "Além das cotas de patrocínio serem vendidas antecipadamente, tivemos grande demanda de anúncios avulsos."

Quanto à duração reduzida de "Casa 3" (que estréia em 2 de junho e fica 59 dias no ar, um mês a menos que a segunda), o diretor diz ser essa a forma de melhorar a receptividade da atração e aumentar a "fidelidade" do público.

Outras alterações, como reunir seis famosos e seis fãs (as duas primeiras só tinham "artistas"), visam claramente recuperar a audiência. "Mas temos a consciência de que um desempenho idêntico ao da primeira edição é muito difícil, uma vez que o "fator surpresa" inexiste", diz Lissoni.

Leia tudo sobre "Casa dos Artistas""
 

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