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27/05/2002 - 03h20

Festival de Cannes marca boa maré para o Brasil

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ALCINO LEITE NETO
da Folha de S. Paulo, em Cannes

O Festival de Cannes, que é ao mesmo tempo uma mostra de filmes e um mercado de cinema, representou neste ano um bom momento para o cinema brasileiro, em termos de crítica e de negócios. O filme "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, exibido na mostra oficial não competitiva, se transformou num dos grandes sucessos de opinião do festival.

"Não poderia sonhar com coisa melhor. Houve uma ótima recepção da crítica e também do público. Em todos os territórios (do mundo), o filme já tem um distribuidor", diz Meirelles.

"Madame Satã", primeiro longa-metragem de Karim Ainouz, na mostra "Um Certo Olhar", também cativou a crítica, sobretudo européia. "Um Sol Alaranjado", do carioca Eduardo Valente, ganhou o prêmio de melhor curta-metragem da mostra Cinéfondation, cujo júri foi presidido por Martin Scorsese.

A presença de Walter Salles no júri da mostra oficial, ao lado de David Lynch e Raoul Ruiz, assegurou à imprensa internacional a relevância do cinema do Brasil. Salles é frequentemente citado como um líder da nova geração de cineastas da América Latina.

"Cidade de Deus" pode ser considerado parte do ressurgente movimento latino-americano de cinema, chamado "La buena onda", escreveu o jornal inglês "The Guardian", que qualificou o filme de Meirelles como uma "saga extraordinária". "Meirelles tem um estilo visual explosivo, um divertido sentido da narrativa e um impecável gosto musical", observou "The New York Times".

As vendas de filmes brasileiros pelo Grupo Novo de Cinema e TV também foram bem-sucedidas. "Cannes foi muito produtivo. É importante continuar produzindo e manter a regularidade dessa presença no mercado internacional", diz Tarcisio Vidigal, presidente da empresa.

"O Invasor", de Beto Brant, que estréia em setembro na França com 20 cópias, foi negociado com Inglaterra e Israel, que também adquiriu "Dias de Nietzsche em Turim", de Julio Bressane, e "Amores Possíveis", de Sandra Wernek. "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, foi comprado por França, Itália e México.
 

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