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10/06/2002
-
12h40
da Deutsche Welle
Desde sábado (8), Berlim pode visitar a exposição "Arte e Choque - o 11 de Setembro e o Mistério do Outro". Segundo ministro alemão do Interior, Otto Schily, que inaugurou a mostra, trata-se de "um panorama de reflexão estética e literária com alta força expressiva e grande verdade"; uma prova de que é possível processar psicologicamente o horror do 11 de setembro, sem mistificá-lo.
A "Haus am Lützowplatz" exibe até 21 de julho obras de 30 artistas de renome internacional, nascidas em reação imediata aos atos de terrorismo que destruíram as torres do World Trade Center e parte do Pentágono.
Trata-se tanto de pintores nova-iorquinos, diretamente afetados pela catástrofe, como de colegas que só a vivenciaram através da mídia. Entre os nomes mais conhecidos estão Rebecca Horn, Georg Baselitz, Michelangelo Pistoletto e Jörg Immendorff, além de Hans Haacke, Lawrence Weiner e Robert Longo.
A mostra é uma iniciativa do periódico cultural Lettre International, que apresentará a maior parte dos trabalhos em sua edição de dezembro.
A mostra inclui também textos originais sobre os antecedentes e conseqüências dos atentados. Entre os autores constam o filósofo francês Jean Baudrillard, o norte-americano especialista em Oriente Médio Bernhard Lewis e os escritores Toni Morrison e José Saramago.
"Precisamos nos ocupar com os agressores, seu background, sua imagem distorcida do mundo e fantasias de onipotência, mas também das questões da globalização", sublinhou Schily, "somente o debate intelecual-político promete sucesso a longo prazo".
O ministro louvou a habilidade artística e capacidade analítica dos participantes da exposição: "Aqui não se apresentam soluções precipitadas nem gestos pomposos, apesar da proximidade cronológica aos crimes de Nova York e Washington".
Na concepção de Schily, "a arte afirma sempre uma outra realidade, e sua verdadeira força reside nesta vontade de afirmação". Com o auxílio da arte seria possível "superar uma certa letargia, uma certa tendência ao pânico, e refletir sobre nossa imagem do ser humano".
Concluindo, ele afirmou: "Proteger as pessoas da violência, garantir sua integridade psíquica e a vida em segurança é uma das principais tarefas do Estado". Desta forma, as imagens exibidas em Berlim seriam a contrapartida para a mistificação do terror e a encenação de fantasias de violência.
"Arte e Choque" está aberta de terça-feira a domingo, das 11h às 18h.
Exposição discute o 11 de setembro em Berlim
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Desde sábado (8), Berlim pode visitar a exposição "Arte e Choque - o 11 de Setembro e o Mistério do Outro". Segundo ministro alemão do Interior, Otto Schily, que inaugurou a mostra, trata-se de "um panorama de reflexão estética e literária com alta força expressiva e grande verdade"; uma prova de que é possível processar psicologicamente o horror do 11 de setembro, sem mistificá-lo.
A "Haus am Lützowplatz" exibe até 21 de julho obras de 30 artistas de renome internacional, nascidas em reação imediata aos atos de terrorismo que destruíram as torres do World Trade Center e parte do Pentágono.
Trata-se tanto de pintores nova-iorquinos, diretamente afetados pela catástrofe, como de colegas que só a vivenciaram através da mídia. Entre os nomes mais conhecidos estão Rebecca Horn, Georg Baselitz, Michelangelo Pistoletto e Jörg Immendorff, além de Hans Haacke, Lawrence Weiner e Robert Longo.
A mostra é uma iniciativa do periódico cultural Lettre International, que apresentará a maior parte dos trabalhos em sua edição de dezembro.
A mostra inclui também textos originais sobre os antecedentes e conseqüências dos atentados. Entre os autores constam o filósofo francês Jean Baudrillard, o norte-americano especialista em Oriente Médio Bernhard Lewis e os escritores Toni Morrison e José Saramago.
"Precisamos nos ocupar com os agressores, seu background, sua imagem distorcida do mundo e fantasias de onipotência, mas também das questões da globalização", sublinhou Schily, "somente o debate intelecual-político promete sucesso a longo prazo".
O ministro louvou a habilidade artística e capacidade analítica dos participantes da exposição: "Aqui não se apresentam soluções precipitadas nem gestos pomposos, apesar da proximidade cronológica aos crimes de Nova York e Washington".
Na concepção de Schily, "a arte afirma sempre uma outra realidade, e sua verdadeira força reside nesta vontade de afirmação". Com o auxílio da arte seria possível "superar uma certa letargia, uma certa tendência ao pânico, e refletir sobre nossa imagem do ser humano".
Concluindo, ele afirmou: "Proteger as pessoas da violência, garantir sua integridade psíquica e a vida em segurança é uma das principais tarefas do Estado". Desta forma, as imagens exibidas em Berlim seriam a contrapartida para a mistificação do terror e a encenação de fantasias de violência.
"Arte e Choque" está aberta de terça-feira a domingo, das 11h às 18h.
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