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01/07/2002
-
07h24
da Folha de S.Paulo, de Nova York
Há uma ciência em "Star Wars", e quem está falando isso não são os fãs, mas os cientistas. Há tanta ciência na cinessérie e em outros marcos da ficção científica cinematográfica que já existe até mesmo um subgênero literário dedicado ao assunto. São livros que analisam a viabilidade ou não e o prazo previsto para funcionamento das invenções mostradas em filmes.
Assim, os cientistas apontam erros comuns como os ruídos feitos pelas naves e suas armas no espaço, uma impossibilidade física, ou o fato de os ocupantes destes veículos nunca terem problemas com a falta de gravidade, outra impossibilidade, desta vez tanto física quanto tecnológica.
Mas também muitos acertos, como a profusão de galáxias, um conceito pouco considerado nos anos 70 e, hoje, pouco contestado.
Para a astrônoma Jeanne Cavelos, que escreveu "A Ciência de "Star Wars'", "a ciência alcançou George Lucas, e muito do que ele imaginou em 1977 já faz parte de nosso cotidiano". Com ela concorda o físico Lawrence Krauss, autor do livro "A Física de "Star Trek'": "Ele usa a ciência para dar mais verossimilhança à trama".
Dois pontos-base da saga lucasiana, se não fazem parte exatamente do dia-a-dia de nós terráqueos, tampouco estão longe de se tornar realidade. É o caso dos canhões de laser utilizados pelas naves, cujo princípio é muito parecido com o atualmente em desenvolvimento pelo Pentágono em seu sistema de defesa contra mísseis nucleares e satélites.
Ou as viagens à velocidade da luz, que aparecem nos cinco filmes como coisa banal. Bem, estamos longe do feito, mas mais por falta de recursos do que por falta de conhecimento, segundo Marc Millis, cientista da Nasa, a agência do programa espacial norte-americano. Quer dizer que podemos um dia ultrapassar os limites estabelecidos nas teorias de Einstein?
"Sim, se conseguirmos manipular a relação espaço-tempo." A frase poderia parecer ousada se não viesse de alguém pago justamente para pensar ousadamente. Millis dirige o Programa de Propulsões Físicas Inovadoras da agência federal dos EUA, que conta com uma equipe que estuda como viajar do ponto A ao ponto B sem se mover, por exemplo.
Uma característica sempre citada pelos estudiosos como positiva é a época escolhida por Lucas para situar sua história. Não no futuro, o que sempre dá margem a erros ou exageros ("2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick, se passa em... 2001, o que parece prematuro hoje em dia; já a mais recente adaptação de "A Máquina do Tempo" ousa demais, situando seu futuro daqui 4 mil anos), mas no passado.
Mais precisamente, "há muito tempo, numa galáxia não muito distante"... (SÉRGIO DÁVILA)
Leia mais notícias sobre "Star Wars 2"
Cientistas atestam realismo de invenções de "Star Wars"
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Há uma ciência em "Star Wars", e quem está falando isso não são os fãs, mas os cientistas. Há tanta ciência na cinessérie e em outros marcos da ficção científica cinematográfica que já existe até mesmo um subgênero literário dedicado ao assunto. São livros que analisam a viabilidade ou não e o prazo previsto para funcionamento das invenções mostradas em filmes.
Assim, os cientistas apontam erros comuns como os ruídos feitos pelas naves e suas armas no espaço, uma impossibilidade física, ou o fato de os ocupantes destes veículos nunca terem problemas com a falta de gravidade, outra impossibilidade, desta vez tanto física quanto tecnológica.
Mas também muitos acertos, como a profusão de galáxias, um conceito pouco considerado nos anos 70 e, hoje, pouco contestado.
Para a astrônoma Jeanne Cavelos, que escreveu "A Ciência de "Star Wars'", "a ciência alcançou George Lucas, e muito do que ele imaginou em 1977 já faz parte de nosso cotidiano". Com ela concorda o físico Lawrence Krauss, autor do livro "A Física de "Star Trek'": "Ele usa a ciência para dar mais verossimilhança à trama".
Dois pontos-base da saga lucasiana, se não fazem parte exatamente do dia-a-dia de nós terráqueos, tampouco estão longe de se tornar realidade. É o caso dos canhões de laser utilizados pelas naves, cujo princípio é muito parecido com o atualmente em desenvolvimento pelo Pentágono em seu sistema de defesa contra mísseis nucleares e satélites.
Ou as viagens à velocidade da luz, que aparecem nos cinco filmes como coisa banal. Bem, estamos longe do feito, mas mais por falta de recursos do que por falta de conhecimento, segundo Marc Millis, cientista da Nasa, a agência do programa espacial norte-americano. Quer dizer que podemos um dia ultrapassar os limites estabelecidos nas teorias de Einstein?
"Sim, se conseguirmos manipular a relação espaço-tempo." A frase poderia parecer ousada se não viesse de alguém pago justamente para pensar ousadamente. Millis dirige o Programa de Propulsões Físicas Inovadoras da agência federal dos EUA, que conta com uma equipe que estuda como viajar do ponto A ao ponto B sem se mover, por exemplo.
Uma característica sempre citada pelos estudiosos como positiva é a época escolhida por Lucas para situar sua história. Não no futuro, o que sempre dá margem a erros ou exageros ("2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick, se passa em... 2001, o que parece prematuro hoje em dia; já a mais recente adaptação de "A Máquina do Tempo" ousa demais, situando seu futuro daqui 4 mil anos), mas no passado.
Mais precisamente, "há muito tempo, numa galáxia não muito distante"... (SÉRGIO DÁVILA)
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